Renault descarta fraude em seus motores diesel
Pelo segundo ano, o governo francês ordenou uma investigação à Renault, depois de alegadas acusações de fraude nos testes de emissões dos modelos diesel.
Segundo a agência AFP, o governo francês quer investigar a fundo boatos de que, supostamente, ocorreram fraudes nos testes de emissões de poluentes dos modelos diesel da Renault. Esta noticia teve impacto imediato, com as ações da marca francesa desabando 4,3%. Esta investigação sucede a uma outra feita em 2016, quando os escritórios da sede da Renault foram “visitados” pela polícia e autoridades que regulam o meio-ambiente.
Esta notícia veio na sequência da recente, onde o grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) foi acusado de fraude nas emissões dos modelos diesel vendidos nos Estados Unidos, devido ao sistema de controle de emissões que permite poluir mais que o homologado para proteção do motor em caso de situação critica.
O Grupo Renault, por sua vez, reagiu e emitiu um comunicado sobre as notícias a respeito das investigações dos tribunais franceses em relação aos níveis de emissões dos seus motores, admitindo que tomou conhecimento, mas “sem confirmação oficial”, da abertura de um inquérito judicial por alegada falsificação de dados sobre as emissões.
A Renault reafirma “que cumpre as legislações francesa e europeia, e que os veículos da marca foram sempre homologados em conformidade com a lei e a regulamentação, estando de acordo com as normas em vigor”, afirma o comunicado. “Os veículos Renault não estão equipados com software fraudulento para alterar os testes de emissões”, prossegue o comunicado, adiantando que o Grupo apresentou em março de 2016, à uma comissão técnica independente nomeada para acompanhar o caso das emissões, um plano completo para a redução das emissões de NOx dos seus veículos com motores diesel Euro 6B em circulação, e que esse plano foi considerado “transparente, satisfatório e confiável”
A Renault recorda ainda que, num comunicado conjunto de 9 de novembro de 2016, os ministros franceses da Economia e da Indústria, anunciaram que a DGCCRF finalizara as suas investigações sobre os motores Renault e transmitira as suas conclusões ao tribunal de Nanterre, que posteriormente remeteu o processo para o Tribunal de Paris, a jurisdição inter-regional competente em matérias de consumo. A abertura da investigação, agora anunciada, significa que o Tribunal continuará com o inquérito.