RENAULT TRAZ DE VOLTA A MARCA GORDINI
Após uma série de modelos que de Gordini tinha apenas o nome, a Renault usou a cabeça, revirou seu passado e agra deu à marca de Amadeo Gordini o merecido valor. Gordini serão os Renault mais ousados, posicionados acima dos RenaultSport, que continuará a ter a responsabilidade de desenvolver os esportivos da casa francesa.
A verdadeira moda que se criou de recuperar nomes com história para fazer modelos esportivos finalmente contagiou a Renault, que tinha já ensaiado a idéia com a RenaultSport. O nome é reconhecido, mas faltava alguma herança histórica, que a Alpine também não oferece. Isto apesar da Renault ter decidido dar o nome e as cores da Alpine a um carro da categoria LMP2 feito por terceiros.
Restava assim a Gordini, marca que no passado foi usada para criar séries especiais, onde apenas a estética era diferente, mas com grande herança calcada nos R8, R10, R11 e R12 Gordini. No Brasil Gordini era a versão mais luxuoso dos Dauphine nos anos 1960. Agora, os Renault Gordini passam a ser posicionados acima dos RenaultSport e serão modelos mais radicais e quase em nível de competição.
Segundo Carlos Tavares, o COO da Renault, “foram dadas instruções à RenaultSport para usar, se assim entender, o nome Gordini nas versões de competição para pista e ralis e versões RS, sendo apenas proibido usar esse nome em versões esportivadas ou em modelos que não sejam esportivos puros”. Ou seja, os modelos Gordini terão mais potência, menor altura em relação ao solo, freios mais eficientes e suspensões recalibradas, sendo que nem todos os modelos serão legalmente aptos para andar em ruas.
Esta mudança de atitude está ligada à necessidade de mudar a imagem de marca da Renault, dando-lhe ousadia e reconhecimento, não estando em questão os resultados de vendas. Segundo Tavares, “as versões de competição podem ser rentáveis, mas isso não é o objetivo principal. Queremos agregar mais imagem à Renault”.
