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Salão de Detroit e outras tendências para 2017

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O NAIAS, North American International Auto Show, o Salão de Detroit, o primeiro evento de 2017, vai acontecer entre os dias 10 e 22 deste mês. Quem visitar a mostra, vai conhecer inúmeros avanços em termos de tecnologia e inovação, num ano em que muitos lançamentos estão previstos, mas onde o melhor está reservado para 2018 e anos seguintes.

Ainda assim, o primeiro salão do ano será interessante. AUTO&TÉCNICA antecipa o que de melhor vai acontecer no mundo do automóvel em 2017. Não só em Detroit, mas nos principais mercados do mundo.

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Talvez ninguém tem essa noção, mas o ano de 2017 já acabou para a indústria automotiva. Os investimentos e o calendário de lançamentos já está finalizado e tudo o que vai acontecer este ano devidamente programado. Todas as verbas para 2017 estão comprometidas e todas as marcas terão o ano ocupado com lançamentos e novidades para o mercado. A partir de agora, trabalha-se com 2018 e anos seguintes, pois será nesse período de tempo que as maiores e mais saborosas novidades vão aparecer. A popularização de carros elétricos e híbridos, autônomos, novas marcas…

Apesar disso, 2017 será um ano muito animado no quesito automóvel (não muito no Brasil), com ênfase na tecnologia e na inovação, alimentada pelo cada vez mais exigente cliente (também não no Brasil). Há alguns modelos e algumas novidades chegando nos próximos 12 meses, e aqui no seu site AUTO&TÉCNICA, mostraremos tudo, como vem acontecendo há 22 anos.

Fica um aperitivo:

Volta de nomes famosos

O ano de 2017 assistirá ao regresso ao mercado do Land Rover Defender, agora com outro visual e tecnologicamente ao nível do exigido pelos seus consumidores. O modelo está praticamente finalizado, nos derradeiros testes de resistência e durabilidade e será mostrado ainda este ano, talvez nos últimos meses de 2017. Nos Estados Unidos, a Ford vai ressuscitar o Bronco, um SUV conhecido e que durante anos dominou o mercado norte-americano. A base será a pick-up Ranger, o que indica que há uma muito pequena esperança da marca trazer esse modelo para o Brasil. A alemã Borgward quer estar logo nas ruas outra vez e até a Tatra ensaia seu ressurgimento.

Novidades tecnológicas

Um dos carros que continua a despertando muita curiosidade é o Opel e-Ampera, pois além de oferecer autonomia que o iguala aos Tesla, consegue chegar aos 320 km percorridos. Depois chegará o renovado Nissan Leaf, enquanto a Ford está finalizando o modelo que será rival do e-Ampera (que se chama Chevrolet Bolt nos Estados Unidos). Como já dissemos antes, o Chevrolet Bolt/Opel e-Ampera será uma espécie de termômetro para identificar se os norte-americanos têm ou não apetite para este tipo de veículo. É que isso pode confirmar as previsões de milhões de veículos elétricos vendidos em 2025.

Condução autônoma

Cadillac "Super Cruise"

A condução autônoma está adiantada e continuará sendo tema de discussões ao longo de 2017, até porque a Tesla prepara-se para revelar a segunda versão do seu fantástico sistema AutoPilot, e nos Estados Unidos a General Motors decidiu “caçar” a Tesla. Para isso criou o Cadillac CT6 Sedan com o sistema “Super Cruise”. Mercedes, Tesla, Audi e outras marcas têm sistemas semelhantes, mas este produto da GM oferece um extra em relação a todos os outros: um sistema de rastreamento ocular, algo que será muito importante em termos de segurança. Isto porque o sistema assume o controle quando o sistema indica que o motorista está perdendo a concentração ou deixando de estar alerta em algumas situações. Primeiro emite um sinal para despertar o motorista, depois assume o controle do carro.

Outra novidade que durante 2017 irá surgir é a realidade virtual aumentada. Imagine o sistema “head up display” usado em alguns carros. Ele que fornece indicações de velocidade, rotação do motor, dados do GPS e sinais de trânsito. Em breve, com a realidade aumentada, poderemos ver objetos projetados na nossa frente, como sinais no asfalto que mostram para onde deve seguir e outras informações. Como num game. Alguns fabricantes querem disponibilizar essa tecnologia ainda este ano, nos modelos top de linha.

Sistema de 48 volts e células de hidrogénio

Outra tecnologia que, mesmo não sendo absoluta novidade, estará muito presente em 2017, é o sistema elétrico de 48 volts mais os turbocompressores elétricos. A Audi, a mais avançada nesta tecnologia, já a utiliza em alguns modelos e vai estender esse uso em vários dos seus SUV e modelos top de linha, sendo que no final do ano a tecnologia pode chegar a carros mais baratos, como os A4. A Mercedes vai usar a mesma tecnologia nos modelos híbridos antes de apostar nos turbos elétricos em seus SUV.

A tecnologia da célula de combustível a hidrogénio não está descartada, e marcas como a Honda e a General Motors, continuam investindo nela. Aliás, a GM e a Honda têm uma parceria que vai dar origem à nova geração de células de combustível que, finalmente, já rivalizam em termos de custos com os motores de combustão interna.

O hidrogénio é apontado como o verdadeiro combustível não poluente, pois tudo o que resulta do seu uso é água. E potável, ainda por cima. Porém, as enormes dificuldades de armazenamento e os custos de tornar um veículo a hidrogénio seguro continuam atrasando seu desenvolvimento. Nos Estados Unidos e mais concretamente na Califórnia, já há 30 postos de reabastecimento e por isso mesmo a Honda, a Hyundai e a Toyota já têm veículos a hidrogênio à venda naquele Estado.

Aproveitando a crise da VW

A  General Motors não perdeu tempo e está tentando seduzir os clientes que acreditaram nos modelos diesel da Volkswagen. Estes, depois de devolverem os seus carros para a marca alemã, podem usar o dinheiro na compra de um dos modelos mais vendidos nos Estados Unidos, o Chevrolet Cruze, que está equipado com motor 1.6 turbodiesel como opcional (este motor não está disponível no mercado brasileiro). O carro tem caixa de câmbio manual de seis velocidades. A questão: por que oferecer um carro dessa categoria com motor turbodiesel e caixa de câmbio manual, nos Estados Unidos, depois da crise da VW? A Chevrolet entende que há essa fatia de mercado e por isso faz esta oferta, como forma de equilibrar o preço.


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