Seis “novidades” que vieram direto do passado
Nunca diga que algum recurso é “novidade no mundo do automóvel”. Mesmo que esteja se referindo a um carro recém lançado. É bem provável que o motivo da discussão já tenha sido aplicado em algum automóvel ha 100 anos. Isso mesmo. Existem muitas tecnologias do nosso dia a dia que podem parecer uma grande ideia, algo recente, mas na verdade já foram inventadas há muito tempo. AUTO&TÉCNICA traz seis desses exemplos. Confira a nossa lista!
por Ricardo Caruso
Automóveis elétricos
É a grande tendência da atualidade e o futuro do automóvel. Mas acontece que esta ideia já foi pensada e aplicada no final dos anos 1800; em 1897, por exemplo, existiam táxis elétricos em Nova Iorque, solução que ganhou destaque em várias marcas, como a Detroit Electric de 1907 a 1939. Como podemos ver na foto, este táxi está recarregar as suas baterias. No inicio do século passado, existiam cerca de 300 marcas de carros elétricos no mundo. Mas aí descobriram petróleo no Texas e…
Suspensão ativa
No inicio dos anos 1990, as suspensões ativas chamavam a atenção na Fórmula 1 e já equipavam alguns carros de rua. O Citroën DS é de antes disso, surgiu em 1955 e revolucionou o mundo automóvel com as várias novidades, entre elas a suspensão hidropneumática. O modelo já tinha funções como o ajuste de altura e o autonivelamento, conhecida hoje como “suspensão ativa eletrônica” (embora o controle do Citroën fosse apenas hidráulico).
Farol Direcional
Uma das atrações do Tucker Torpedo nos anos 1940 e um bom argumento de vendas hoje em dia. Mas antigamente já eram conhecidos os faróis direcionais. Para obter faróis que seguissem a direção do volante era utilizado um farol central com sistema mecânico, como se pode ver neste Tatra T87 dos anos 1930. Claro que com a evolução tecnológica, os dois faróis tradicionais começaram a encorporar essa antiga e útil função.
Cinto de segurança de três pontos
Hoje equipamento obrigatório em qualquer carro. O sueco Volvo PV 544 foi o primeiro a adotar o uso deste tipo de cintos de segurança. Nils Bohlin foi o responsável por esta criação em 1959. A partir dos anos 1980, passou a ser também utilizado nos bancos traseiros.
Motor em “W”
Nos dias atuais, motores com cilindros em W (que equiparam os Volkswagen Phaeton, Passat e Touareg, Audi A8, Bentley Continental GT e Bugatti Veyron, entre outros) ainda causam espanto. Este tipo de motor, na verdade, com cilindros em W, já era utilizado em 1906 nos motores W3 de motos italianas Anzani, e em 1917 no motor W12 da inglesa Napier Lion. Era considerado o motor mais potente desta época (1.350 cv com supercharger) e servia de equipamento também para barcos, aviões e automóveis de competição. Foi também responsável pelo recorde de velocidade para automóveis (634 km/h) estabelecido em 1947 pelo Railton Mobil Special.
Motores a álcool ou flex
Os motores a álcool são vendidos como obra da genialidade brasileira, mas não é bem assim. O Ford T, em 1908, era um dos carros que podia rodar com gasolina, álcool ou querosene, ou a mistura de gasolina e álcool. A China, nos anos 1930, também fez largo uso do álcool combustível.
