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Stellantis x Itália: governo poderá ceder marcas finadas para empresas chinesas

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E segue o imbróglio. O objetivo do governo da Itália é atrair capital chinês e produção de automóveis para Itália, mas a moeda de troca serão marcas históricas de automóveis já extintas e que pertencem à Stellantis. As relações entre o governo italiano e a Stellantis já conheceram dias bem melhores, mas poderão se degradar mais um pouco. Depois da guerra dos nomes e emblemas, está em vias de acontecer um novo episódio nesta batalha: o governo local, liderado por Giorgia Meloni, poderá se apossar de marcas de automóveis históricas que a Stellantis detém e não está mais usando.

da Redação

Autobianchi Y10

O objetivo é não só criar atritos com a Stellantis, mas também atrair capital chinês e novas linhas de fabricação para aquele país, usando como moeda de troca marcas a cessão de marcas históricas, como a Autobianchi e a Innocenti, que hoje são da Stellantis, herdadas junto com a Fiat;esta é a oferta aos construtores chineses que se queiram fixar no país. No fundo, o governo italiano está pressionando a Stellantis para que faça novas fábricas e fere empregos na Itália.

Segundo a publicação italiana “Il Sole 24 Ore”, o Ministério da Indústria italiano já teria até registado duas novas versões destas duas marcas, com logotipos diferentes dos utilizados pela Stellantis.

A Stellantis respondeu que só tem conhecimento do tema por meio de notícias divulgadas na imprensa, mas que não recebeu qualquer informação oficial do Governo sobre o assunto. A publicação italiana explicou ainda que esta desapropriação de marcas é possível, graças a uma lei aprovada no final de 2023, referente a marcas não utilizadas por, pelo menos, cinco anos.

Innocenti Mini 90/120

Assim, estando sob o controle do Governo -segundo a tal lei- estas marcas podem ser entregues a “empresas, incluindo estrangeiras, que pretendam investir em Itália ou transferir para Itália atividades de produção localizadas no Exterior”.

Esta troca de “afagos” entre o Governo italiano e a Stellantis começou há uns meses, atingindo diversas marcas do Grupo. Em pauta estão diversos produtos com nomes ou menções a Itália, mas que não têm produção em solo italiano. Por exemplo, o recente Alfa Romeo Milano, fabricado na Polônia, foi forçado a mudar de nome, para Junior, e os pequenos Fiat Topolino, produzidos no Marrocos, foram apreendidos pelas autoridades por incluírem uma bandeirinha da Itália na lateral. E há algumas semanas, a Fiat lançou um vídeo do seu 500 como resposta, afirmando que não são necessários logotipos, nomes ou bandeiras para identificar as origens de um determinado modelo.


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