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Teria Carlos Ghosn caído numa armadilha da Nissan? Pode ser…

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O conselho de administração da Renault decidiu manter Carlos Ghosn, detido no Japão desde 19 de novembro, como CEO da marca francesa. Já a Nissan abriu, no Rio de Janeiro, um processo contra Claudine Bichara de Oliveira, irmã de Ghosn, por “enriquecimento ilícito”, de acordo com um registro judicial acessado pela Reuters.

 

Em comunicado, a Renault assegura que a análise efetuada pelos responsáveis de ética e “compliance” Claude Baland e Eric Le Grande indica que, entre 2015 e 2018, não se registrou qualquer irregularidade ou tentativa de omissão de rendimentos da parte de Ghosn.

Desta forma, conclui o documento, o conselho de administração decidiu manter a atual estrutura diretiva, aprovada em 20 de novembro, com Thierry Bolloré como CEO interino e Philippe Lagayette como “chairman” em substituição de Carlos Ghosn.

Entretanto, a Nissan iniciou um processo contra Claudine Bichara de Oliveira, irmã de Carlos Ghosn, por “enriquecimento ilícito”. O alvo é um apartamento no bairro de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, que o ex-executivo usava durante as suas viagens ao Brasil.

Segundo o jornal japonês Yomuri, que cita fontes não identificadas, a investigação interna da Nissan teria descoberto que Ghosn instruiu a empresa, desde 2002, a pagar cerca de US$ 100 mil por ano à sua irmã mais velha, por um cargo de conselheira.

Por outro lado, especialistas levantaram a suspeita de que a Nissan na verdade criou uma armadilha para se livrar de maneira barata de Ghosn (algo como dar corda para ele se enforcar…), depois de todo brilhante trabalho de recuperação da empresa feito pelo brasileiro. Não é impossível, pois outra japonesa, a Toyota, fez algo parecido com uma alta executiva da área de comunicação, de currículo invejável, que teria identificado situações suspeitas na administração da empresa e acabou envolvida num caso absolutamente suspeito.


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