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TEST DRIVE: DS5, O CITROËN EXIBICIONISTA

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Olhe bem as fotos e confesse: o Citroën DS5 é um daqueles carros que você quer ter na garagem. Além do desenho belíssimo, ele é rápido, confortável, silencioso e espaçoso. Realmente um modelo diferenciado, pois para brigar no mercado de carros de luxo onde os alemães deitam e rolam, a marca francesa investiu pesado em diferenciais. A aposta foi em desenho e tecnologia, um visual que impressiona. Por isso lançou em 2010 os DS, sua linha premium.

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A “família” DS é formada pelos modelos DS3, DS4 e DS5. O DS5 foi apresentado oficialmente no Brasil no ano passado e, é hoje, o top de linha da marca. O carro é montado na mesma plataforma (PF2) usada pelo Peugeot 3008. Tem 4,53 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,51 m de altura e desenho inspirado no conceito C-Sportlounge, que foi exibido no Salão de Xangai, no distante ano de 2005.

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É um pequeno SUV, uma wagon, uma minivan ou um crossover. Tudo junto msturado A Citroën o rotula –com razão- de “escultura aerodinâmica”. O DS5 traz muito detalhes inspirados na indústria aeronáutica. Com preço inicial de R$ 124.965, o DS5 no Brasil pode tirar compradores dos Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes-Benz C180.

CROMADOS
Com linhas esguias e teto baixo, o carro esbanja modernidade, com sua linha de cintura elevada, vincos na carroceria e detalhes: dois frisos largos, com cerca de 1,20 m de comprimento, instalados nos pára-lamas dianteiros, destacam sua silhueta, o capô e o imenso conjunto ótico dianteiro, que inclui luzes diurnas por leds. A traseira é de um hatch, com o vidro bem estreito, spoiler e lanternas em formato de bumerangue. São duas saídas de escapamento, mas apenas a da direita é funcional.

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Ninguém aqui conhece o interior de uma nave espacial, mas todos que observam o carro por dentro afirma isso: “Parece uma nave espacial”. Além desse impacto visual, a ergonomia para o motorista é a melhor que já conhecemos. Banco confortável e firme, volante ajustável, massagem lombar para o motorista e regulagens elétricas… Tudo no lugar certo. A profusão de teclas e botões exige algum tempo para a familiarização.interior

O interior tem acabamento perfeito, com revestimento de couro nos bancos e a materiais que não economizam em qualidade. A Citroën garante que alguns componentes internos vem do mesmo fornecedor dos Aston Martin. O grande console central é o melhor exemplo do que deve ser um duplo cockpit, alojando diversos controles dos vidros, inclusive da central multimídia, e realmente envolvendo o condutor. O teto é de vidro, panorâmico, fixo e dividido em duas metades dianteiros e uma traseiro, cujos forros podem ser usados individualmente.

COMPLETO
Falamos em influência aeronáutica. Pois bem, isso se nota, por exemplo, no desenho das rodas de liga leve aro 17 (aro 18 é opcional), claramente inspirado nas hélices de aviões. Ou então no head-up display –que projeta informações em uma pequena tela transparente à frente do motorista. Essa tela pode ser recolhida, erguida ou ajustada eletricamente.

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Outros mimos farão qualquer cunhado morrer de inveja. O DS5 tem ar-condicionado automático digital de duas zonas, direção assistida, sistema multimídia com tela de sete polegadas, Bluetooth, GPS, CD Player com MP3 e USB, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), ABS, EBD, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa e faróis de xenônio.

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O motor é o excelente THP 1.6, de projeto e fabricação conjunta BMW-PSA.. Está presente nos Mini e vários carros da Peugeot e da Citroën. No DS5, está calibrado para gerar 165 cv de potência máxima a 6.000 rpm, e torque máximo de 24,5 mkgf de 1.400 a 4.000 rpm. Pode chegar com pequenos ajustes a 211 cv, como nos Mini mais esportivos, mas os 165 cv do DS5 são mais do que suficientes. O Cx não é excepcional: 0,33.

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A Citroën declara que o carro acelera de zero a 100 km/h em 8,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 211 km/h. Aceleramos no 0-100 km/h em 9,3 segundos, e o consumo médio ficou em 8 km/litro de gasolina na cidade e 13,9 km/l na estrada. Marcas boas.

SEIS MARCHAS
O câmbio é automático de seis marchas, com funcionamento irrepreensível e opção por trocas manuais e seqüenciais na alavanca; é só deslocá-la para a esquerda e acionar para a frente e para trás. Uma tecla “S” no console deixa o câmbio mais esportivo, alongando as marchas.

Outro detalhe interessante: no fim do curso do acelerador nota-se um discreto estalo. É o acionameto do overbooster, que aumenta o torque em 2 mkgf, mas é desligado quando o motor atinge 4.000 rpm. Então, só serve para retomadas e parte das acelerações, pois não interfere na potência máxima.

Como todo bom Citroën, a estabilidade impressiona. O DS5 não tem medo de curvas, o que é tradição da marca. A calibragem das suspensões é um pouco dura, o que fica evidente em piso ruim. Numa boa estrada, tudo perfeito. Os freios também são excelentes.

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 Além de focalizar os clientes dos sedãs mais baratos das três marcas alemãs, com certeza absoluta o carro vai agradar também quem quer sair do lugar comum. É um carro para ser visto, e não para exibições de potência, sem abrir mão do conforto e do luxo. A idéia inicial da marca era vender em torno de 500 unidades até o final do ano, mas esse número com certeza será revisto para mais.

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Não é um carro de alta performance, como dissemos, mas consegue conciliar seu desenho impressionante com qualidade, tecnologia e sofisticaçao. Impossível passar despercebido ao volante de um DS5, detalhe importante para quem paga mais de R$ 100 mil num carro.

 


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