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TEST DRIVE: Fiat Toro Freedom 1.8 flex

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Alguns carros nunca emplacam. Outros demoram uma eternidade para cair no gosto do consumidor. E existem aqueles que se tornam sucesso de cara. A pickup Toro, da Fiat, está nessa última categoria. No acumulado de janeiro a junho desse ano, a Toro teve 15.743 vendas. Um fenômeno que preocupa os concorrentes maiores e menores. 

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AUTO&TÉCNICA avaliou a versão Freedom 1.8 Flex que, segundo a própria Fiat, é a configuração que responderá por 40% do mix de vendas (60% serão da Diesel) e seu preço inicial era de R$ 76.500. Era, porque em abril subiu para R$ 77.800 e em julho para R$ 79.200.

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O motor da Freedom Flex é o 1.8 E.torQ VIS. Nada de muito excepcional, pois é o conhecido 1.8 E.torQ, que passou por algumas mudanças. Entre as novidades, coletor de admissão variável (Variable Intake System, ou VIS), variador de fase do comando de válvulas, mudanças nos dutos de aspiração e de escapamento, bomba de óleo de pressão variável e câmara de combustão redesenhada, entre outros. Com isso, são 135/139 cv (gasolina/etanol) de potência máxima e 18,8/19,3 mkgf (g/e) de torque máximo. É o limite mínimo que a Toro precisa. Como comparação, esse mesmo motor 1.8 no Jeep Renegade tem 130/132 cv (g/e) de potência  e 18,6 /19,1 mkgf (g/e).  É a tal história: arrancar mais 10 cv é sempre difícil, mas que fazem falta, isso não dá para negar.

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Rodar com ela é tranquilo, pois tem a mesma dirigibilidade de um carro de passeio. Apesar de ser quase 190 kg (187 kg exatos) mais pesada que o Jeep Renegade 1.8 -de quem herda a plataforma e parte mecânica- a pickup média da Fiat tem boa disposição em baixas rotações, agilidade essa que se completa com o câmbio automático. Já a 2.000 rpm, 85% do torque já está disponível.

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A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 13 segundos (g) e 12,5s (e), enquanto a velocidade máxima é de 172 km/h (g) e 175 km/h (e). Já o consumo na cidade é de 8 km/l (g) e 5,5 km/l, e na estrada de 11 km/l (g) e 7 km/l (e)

AUTOMÁTICA

A Toro está equipada com a caixa de câmbio automática da Aisin, com seis marchas e opção de trocas sequenciais na alavanca ou nas “borboletas” junto ao volante. Com ela é possível rodar boa parte do tempo em baixas rotações. Mas quando se exige mesmo do conjunto motor/câmbio, como em ultrapassagens e retomadas, percebemos uma pequena falta de potência, o que a Fiat deve corrigir gradativamente.

Esta é a terceira vez que a Fiat equipa com câmbio automático em um dos seus carros nacionais (o primeiro foi o Marea e o segundo o Jeep Renegade). Essa transmissão serve não só para deixar a pickup mais agradável de dirigir, mas também para marcar terreno no mercado: não há previsão, por enquanto de câmbio manual nessa versão.

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As suspensões merecem todos elogios. A traseira é multilink e permite correto controle da carroceria. É boa na absorção de irregularidades do piso, com ou sem carga. Os dois conjuntos, dianteiro e traseiro transmitem boa sensação de conforto e segurança. Ajuda nisso as rodas de aro 16 com pneus de perfil alto (215/65). Elogios também para a direção, que tem assistência elétrica: tem peso correto em qualquer situação.

INTERIOR

Por dentro, nada a reclamar. A sensação é que se está ao volante de um luxuoso SUV. Tudo é bem cuidado e agrada pela qualidade dos materiais usados. A ergonomia é correta, os comandos são bem localizados e a posição de dirigir transmite não só conforto, mas sensação de segurança. Os bancos oferecem bom apoio lateral nas curvas, e até  cinco adultos viajam com relativo conforto (os de trás são sempre penalizados). Mas mesmo assim quem vai atrás encontra bom espaço para a cabeça, os ombros e as pernas. No painel há a central multimídia com tela touchscreen de 5 polegadas.

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A capacidade de carga, que é o que interessa numa pickup, é de 650 kg (uma tonelada na Toro Diesel). A taampa traseira bipartidas foi uma excelente idéia e facilita muito o acesso ao compartimento de cargas. E não é só: quem precisar de mais espaço pode usar o extensor de caçamba, que acrescenta 300 litros à capacidade, enquanto o rack do teto permite transportar até 50 kg.

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A Toro é claramente um projeto atual, agradável de dirigir. A versão básica Freedom é bem equipada, com itens como quadro de instrumentos personalizável de 3,5 polegadas (com relógio digital, calendário e indicador de temperatura externa), ESC (controle eletrônico de estabilidade), Hill Holder (auxiliar de partida em subidas) e rádio Connect com comando no volante, fixação Isofix para cadeira infantil, vidros elétricos, travas elétricas automáticas (travam a 20 km/h), sensor de estacionamento traseiro e revestimento de caçamba, entre outros. Como opcionais, as rodas de liga-leve (acredite, de série a Freedom vem com calotas); airbags laterais, de janela e de joelhos; sensor de pressão dos pneus e teto solar, mais câmera de ré e estofamento parcialmente revestido de couro.

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Esta versão Freedom, com tração 4×2, é essencialmente voltada ao uso urbano. E não decepciona.

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