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Test Drive: Ford Ranger Sport, para enfrentar a Strada

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Lançada em 2007 e comercializada até 2011, a versão Sport da Ford Ranger volta ao mercado, agora fazendo parte da linha Nova Ranger, por R$ 67.990. A Ranger Sport só está disponível com cabine simples e motor 2.5 16V flex.

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Para cumprir a missão de ser a pickup jovem da linha e incomodar a Fiat Strada (que é de outra categoria, derivada de carro, mas está entre os veículos mais vendidos do país desde que ganhou a versão de três portas), a Ranger Sport traz visual que justifica o nome.

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Na frente, destaque para o aplique no pára-choque, em plástico preto e formato de “H”, mais os faróis de neblina. Vista de lado, chamam atenção o “santantônio” na caçamba, faixas laterais, adesivo “Sport”, soleiras exclusivas e rodas de liga-leve aro 17, calçadas com pneus todo-terreno 265/65 ATR. Na traseira, a grande inscrição “Ranger” e a diminuta “XLS”. A capacidade de carga é de 1.800 litros e 1.455 kg de carga; a caçamba é suficiente para acomodar bem duas motos, por exemplo.

BEM RECHEADA

Outra parte boa é a lista de equipamentos de série. A versão é baseada na configuração XLS flex de cabine simples, e tem diferencial traseiro deslizante, direção hidráulica, vidros elétricos com acionamento one-touch para o motorista, computador de bordo com sete funções, alarme, coluna de direção com ajuste de altura, abertura interna do tanque de combustível, chave tipo “canivete”, console no teto com luz de leitura, ar-condicionado, espelhos retrovisores elétricos, travas elétricas com controle remoto, comandos de áudio no volante, cruise control (“piloto automático”), CD/MP3 com entrada USB, conexão Bluetooth e tela de LCD de 4,2 polegadas. Bem mais que o mínimo necessário.

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O segmento de pickups médias é um dos que mais cresceram no mercado brasileiro recentemente, a ponto de quase dobrar de tamanho nos últimos seis anos, indo de 92 mil unidades em 2008 para as 181 mil vendidas em 2013. A pickup média da Ford vem num ritmo mais acelerado que o do segmento: foi de 15 mil unidades vendidas de 2012 para 22 mil em 2013, ficando atrás da Chevrolet S10, Toyota Hilux e Mitsubishi L200 Triton.

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No primeiro trimestre deste ano, a Ranger já superou a Triton e amealhou 13% de “market share”; a S10 tem 30% e a Hilux, 23%. Para ter mais volume e encostar nas líderes, a Ford oferece versões para atender diversas aplicações. O preço da Ranger vai dos R$ 61.890 da básica XL flex cabine simples a R$ 148.900 da top de linha Limited diesel cabine dupla. Agora a novidade é a volta da versão Sport, que fez sucesso na Ranger antiga e quer atingir os que sonham em comprar a primeira pickup média, de uso mais urbano e apta ao lazer e viagens.

MERCADO
Oferecida por R$ 67.990, se aproxima em preço do cobrado pelas versões mais completas das pickups compactas, em especial Fiat Strada e a Volkswagen Saveiro. São destas duas que a Ford pretende roubar vendas com a versão Sport. A pickup média concorrente que mais se aproxima em termos de conteúdo e preço é a S10 LS 2.5 flex cabine simples, que custa R$ 65.890, mas é bem mais simples e destinada a uso profissional.
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O motor da versão Sport da Ranger é o 2.5 flex 16V que equipa a versão básica XL,  indicada para frotistas. Tem bloco de alumínio e comando de válvulas variável; é o quatro cilindros mais potente do mercado, com 173 cv (usando etanol) e 168 cv (com gasolina), sempre em 5.500 giros. O torque não é tão generoso, e fica em 24 mkgf com gasolina e 24,8 mkgf com etanol. A transmissão é manual de cinco velocidades.
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No asfalto, o comportamento do Ranger Sport é tranquilo e silencioso, quase não parece uma pickup, e sim um carro grande. Nas curvas, nenhum susto, pois a estabilidade é boa, a inclinação da carroceria pequena e as respostas rápidas. Para andar em terrenos ruins, apesar de não ter 4×4, oferece 28º de ângulo de entrada e 26º de ângulo de saída, e tem capacidade de atravessar trechos alagados com até 80 cm de profundidade. Uma boa enchente de São Paulo, por exemplo, não pararia a Ranger.

NO USO

No dia a dia, nota-se a falta de alguns recursos simples, como sensor de estacionamento ou câmara de ré, o que facilitaria as manobras.  A direção hidráulica é precisa e ajuda a vida do motorista. Segundo Osvaldo Ramos, diretor de marketing da Ford, “tínhamos como principal concorrente da XLS a Chevrolet S10 LS 2.4 flex, mas como ela é voltada para frotistas, vemos como rivais da Ranger Sport a Fiat Strada Adventure e a Volkswagen Saveiro Cross”. E não é para menos, pois a pickup Fiat pode chegar a R$ 68 mil com todos opcionais, o mesmo preço da Ranger Sport. Isso, com certeza, vai fazer a Fiat rever o preço de sua picapinha para baixo.

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A Ranger Sport está na categoria das ”pickups autênticas”, e não das “derivadas de carros”. Tem a configuração clássica de carroceria e mecânica (motor e câmbio na dianteira e tração traseira), com todos as vantagens e desvantagens que esse tipo de veículo oferece. Além disso, é uma pickup Ford, marca especialista nesse assunto. O interior segue a mesma linha, com painel atual, mas muito plástico nos acabamentos.

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Então a Ford Ranger vai concorrer com a Fiat Strada? Apesar do preço, não vai. Não tem volume de produção para tanto, mas vai roubar alguns compradores da marca italiana. A Ford não falou em previsões de vendas, mas a Sport tem potencial para atingir o público mais jovem, comprador das pickups menores, oferecendo todos os atributos de uma pickup média.


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