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TEST DRIVE: Hyundai ix35 2.0 Flex

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O primeiro contato com o Hyundai ix35 deixa claro uma coisa: os sul-coreanos fazem carros no mesmo nível –ou acima- de marcas mais tradicionais e centenárias do mercado. Evoluíram rápido, como está acontecendo com os chineses. Ou seja, não ficam devendo nada para ninguém.

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E como a moda são os SUVs, nesse quesito em especial não fazem feio. O ix35 é seu representante nessa categoria, de porte médio, com 4.410 mm de comprimento, 2.640 mm de entre-eixos, 1.685 mm de altura e 170 mm de vão livre para o solo. Praticamente as mesmas dimensões de um sedã médio. Para completar, motor flex 2.0 de 1967 cv e câmbio automático de seis marchas. Essa é a receita do grande sucesso do modelo.

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O ix35 é sucessor do Tucson, que surgiu em 2010 (em alguns mercados esse SUV se chama Tucson, e em outros ix35). Como ix35 é fabricado desde 2013 pela Caoa, em Anápolis (GO). Agradável e fácil de guiar, é disponível em três versões: básica (R$ 100 mil), a intermediária (R$ 110 mil) e a top de linha (R$ 126 mil). Não é a mesma geração produzida hoje na Coreia do Sul, mas isso em nada compromete o carro. Já nos primeiros quilômetros você tem certeza de que está ao volante de um modelo atual e de boa qualidade.

INTERIOR

A versão que AUTO&TÉCNICA avaliou é a top, na série “Launch Edition”, pintada num vistoso laranja metálico. Por dentro, bom espaço, acabamento primoroso e multimídia com tela touchscreen que inclui GPS e câmera de ré. O sistema de som é de qualidade, há Bluetooth e ar-condicionado bizone com saída para o banco traseiro. Aliás, o banco de trás é bipartido e tem o encosto regulável em duas posições. Aqui dois detalhes que podem ser facilmente corrigidos: o passageiro que vai ao centro não tem cinto de três pontos, só o subabdominal (mas tem encosto de cabeça), e faz falta fixacão Isofix para bancos infantis, lembrando que esse é um carro tipicamente familiar, objeto de desejo de muitas mulheres.

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O computador de bordo conta com as funções autonomia, velocidade média e distância percorrida. O comando dele é feito por meio de um botão identificado como “Trip”, na esquerda do painel.. Entre os instrumentos principais, mostrador com temperatura da água do motor, nível de combustível, marcha selecionada e hodômetro, além dos dados do computador de bordo.

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Encontrar a posição mais adequada para dirigir é fácil, e logo o motorista está perfeitamente acomodado. Há ajustes elétricos de altura, dist6ancia e apoio lombar no banco do motorista, de altura do volante (que tem de 370 mm de diâmetro) e dos cintos de segurança dianteiros. O carro avaliado ainda trazia o hoje inútil extintor de incêndio.

Nesta versão Top, o ix35 conta com teto solar panorâmico de acionamento elétrico e cortina manual.  Outro detalhe que agrada são os espelhos retrovisores rebatíveis eletricamente, com repetidores de pisca. O espelho interno é manual, e o carro conta com sensor crepuscular para os faróis, ativado pelo interruptor de faróis na alavanca do pisca na posição “Auto”.

MOTOR

O motor 2.0 é flex, tem duplo-comando de válvulas acionado por corrente, variador de fase na admissão e quatro válvulas por cilindros. Com gasolina tem 157 cv de potência máxima e com etanol 167 cv, sempre a 6.200 rpm. Com gasolina o torque máximo é de 19,2 mkgf a 4.700 rpm, e com etanol tem 20,6 mkgf na mesma rotação. O sistema de partida a frio dispensa a injeção de gasolina. Bom para o peso de cerca de 1400 kg.

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O câmbio automático é fabricado pela Hyundai, e tem funcionamento irretocável. Permite trocas manuais pela alavanca. Mas nada é tão manual assim: nos engates para cima as marchas trocam automaticamente a 6.000 rpm. A 120 km/h o motor está a apenas 2.650 rpm, funcionando suave e com baixo nível de ruídos.

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A marca não divulga dados de desempenho e consumo. Mas dá para projetar aceleração de zero a 100 km/h em pouco menos de 11 segundos. O melhor número de consumo que conseguimos em estrada foi de 13 km/litro, e na cidade rodamos na faixa dos 6/7 km/litro de etanol. A velocidade máxima ronda os 160 km/h.

COMO ANDA

Rodar com ele é um grande prazer, pois tudo funciona de forma perfeita As suspensões são bem calibradas e transmitem conforto e segurança. Há controle eletrônico de estabilidade, direção com assistência elétrica bem ajustada, controle de descida e cruise control com acionamento junto ao volante de 370 mm de diâmetro. Os freios são a disco nas quatro rodas, perfeitamente adequados ao compromisso do carro.

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O freio de mão é de pé… O freio de estacionamento é acionado ou liberado por pedal, como gostam os norte-americanos. O painel tem desenho agradável e os instrumentos permitem fácil leitura, permanentemente iluminados e de grande visibilidade. Outro detalhe dessa versão são as luzes por leds na dianteira e traseira. Curiosamente tem faróis de neblina mas não luz de neblina na traseira.

CONCLUSÃO

O ix35 continua sendo um SUV eficiente, de bom porte para uso preferencialmente urbano e não decepciona na parte mecânica, se bem que uns 10 cv a mais de potência fariam uma boa diferença. A questão é que na versão topo de linha, de R$ 126 mil, ele acaba esbarrando no preço de concorrentes de peso e de marcas de luxo, como o Audi Q3 Attraction 1.4 turbo de 150 cv (R$ 127 mil) ou Mercedes-Benz GLA 200 Style 1.6 turbo de 156 cv (R$ 129 mil). Aí vai do gosto do comprador.

 


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