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TEST DRIVE: Lexus RX350 F-Sport

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Avaliar um Lexus é sempre uma atividade interessante. Ainda pouco conhecida no Brasil, a Lexus é a marca de luxo do grupo Toyota, empresa que está atuando no Brasil há muito tempo. A subsidiária brasileira foi criada aqui em janeiro de 1958, e durante 41 anos -entre maio de 1959 e janeiro de 2000- limitou-se a produzir o jipe Bandeirante e suas variações. Foi só em 1992 que o primeiro carro da marca a ser vendido no Brasil deu as caras, o Corolla, ainda em sua sétima geração, com motor 1.8 16V. Logo se tornou um best seller. O sucesso foi tanto que, em 1999 a marca inaugurou uma nova fábrica, em Indaiatuba, SP, onde passou a ser feito o Corolla nacional, na oitava geração do modelo.

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Em novembro de 1988 a Toyota lançou a marca Lexus, criada para não só oferecer carros sofisticados e luxuosos, mas também para enfrentar os melhores carros norte-americanos e europeus. A Lexus surgiu então com os LS400 (LS de Luxury Sedan) e o ES250 (Elegant Sedan). Pareciam cópias dos Mercedes-Benz da época, mas recheados de muita eletrônica e tecnologia. Em curto espaço de tempo, os Lexus eram vendidos em quase 100 países. No Brasil as coisas não andaram nessa velocidade. Desde 1998 a Toyota brasileira vende os Lexus, mas em volume muito reduzido, pois não chegou a 1.300 carros comercializados nos primeiros 14 anos, menos de 100 carros/ano. Mas nos últimos três anos tudo mudou.

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A Toyota não imaginava essa crise que assola o Brasil, e por isso resolveu investir no mercado de carros de luxo, investindo justamente nos Lexus, em operação independente, oferecendo atendimento especial aos clientes. O tratamento nas concessionárias Lexus em todo mundo é diferenciado, individual, personalizado. Em São Paulo são duas concessionárias em bairros sofisticados, onde na prática podemos experimentar como um “cliente Lexus” é tratado.

DESDE 1997

O modelo que AUTO&TÉCNICA avaliou foi o crossover/SUV RX350 F-Sport, um divisor de águas nesse segmento. A linha RX350 surgiu em dezembro de 1997 (no Japão era vendida como Toyota Harrier). Era o primeiro crossover (meio termo entre o sedã e o SUV) de alto luxo do mercado internacional. Foi criado para oferecer conforto, luxo e versatilidade. A última geração –a quarta- foi lançada em abril deste ano, renovada e reforçando ainda mais as características deste Lexus, com a nova grade tipo “Spindle” e interior todo renovado.

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Com isso, o RX350 ganhou aparência mais esportiva na frente, com para-choque redesenhado e completada com o estilo do novo farol, luzes de LED em formato de “L” e molduras nos faróis de neblina. As lâmpadas das lanternas traseiras e da placa traseira também foram atualizadas e agora são por LED. Esse crossover combina bem esportividade com elegância, situações que parecem antagônicas. Cada detalhe conta, como as molduras dos vidros laterais com acabamento brilhante, cromados na dose –e lugar- certo e desenho de carroceria entusiasmante. Os pára-lamas dianteiros avançam em direção às portas em linhas suaves que chegam à traseira. A parte inferior da carroceria ganha reforço com as rodas aro 18 e as portas traseiras que se estendem abaixo da soleira, dificultando a entrada de sujeira; os espelhos laterais são equipados com repetidores dos piscas com lâmpadas de LED.

MOTOR E CÂMBIO

Esse Lexus é equipado com motor 3.5V6 VVT-i de 277 cv. O sistema VVT-i controla o tempo de abertura das válvulas de admissão, otimizando a dirigibilidade e desempenho. Detalhando, o motor é V6 a 60°, com 3.456 cm³ de cilindrada exata, feito de alumínio, com duplo comando de vávulas acionado por corrente e quatro válvulas por cilindro com variador de fase na admissão e no escapamento, 277 cv de potência máxima a 6.200 rpm e 35,3 mkgf de torque máximo a 4.700 rpm, com taxa de compressão 10,8:1. O RX350 anda muito bem, acelerando de zero a 100 km/h em 8 segundos, mas a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 200 km/h. Em termos de consumo, dado absolutamente desprezível para quem compra um carro desses, alcançamos 6 km/litro na cidade e 10,5 km/litro na estrada.

O câmbio é automático de seis marchas, com trocas manuais na alavanca, com as marchas subindo tocando a alavanca para a frente. Essa transmissão é eletronicamente controlada (Super ECT) e tem respostas rápidas nas mudanças de marchas, por causa do uso de válvulas de alto fluxo.

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Dirigir o RX350 é uma experiência apaixonante. O luxo do RX350 começa a se manifestar com a forma como o motorista interage com o veículo. Além de ser equipado com botão de partida sem chave SmartAccess, o modelo ”recebe” o motorista com luzes que se acendem assim que você se aproxima do veículo. Rodando com ele, nota-se que a sexta marcha é bem longa, e a 120 km/h estamos a 2.300 rpm. O rodar é silencioso, seguro e confortável, em qualquer tipo de piso. Tudo num ambiente interno claro, luxuoso e sofisticado em cada detalhe. As suspensões trabalham bem. É independente na traseira com triângulos superpostos, mesma solução aplicada na dianteira. Molas helicoidais dianteiras se comprimem em direções opostas, impedindo que os efeitos negativos de compressão da suspensão passem para a direção. A direção tem assistência elétrica e que vai ficando mais “pesada” conforme aumenta a velocidade. A estabilidade em curvas é tranquila, sem sustos, e nas retas (direcional) é quase perfeita, oferecendo muita confiança para quem gosta de acelerar.

SEGURANÇA

Um dos destaques do Lexus RX350 é o sistema VDIM -Vehicle Dynamics Integrated Management (Gerenciamento Integrado do Comportamento Dinâmico)- que controla de maneira integrada os sistemas eletrônicos e de controle dinâmico do veículo, incluindo freios ABS (com distribuição eletrônica de frenagem e assistência à frenagem), o controle de tração e estabilidade e a direção assistida. O VDIM foi projetado para antecipar o início de uma derrapagem ou perda de tração e ajudar a corrigir a situação, controlando a frenagem individualmente nas quatro rodas e as respostas do acelerador.

 O modelo é equipado com 10 airbags, incluindo laterais tipo “cortina”, nas laterais dos assentos dianteiro e traseiro e para os joelhos do condutor e do passageiro da frente. Também é item de segurança o apoio de cabeça para os passageiros com recurso mecânico anti-colisão traseira. Esse equipamento limita o movimento do pescoço dos ocupantes do veículo nessa situação, reforçando a prevenção de lesões na coluna cervical. Há assistência em subidas por meio da atuação automática dos freios durante três segundos, para evitar o recuo, útil para quem tem dificuldade em manter o veículo freado com o pé esquerdo.

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 Com 4.770 mm de comprimento e 2.740 mm de distância entre-eixos, o espaço interno é amplo até no compartimento traseiro, ajudado pela largura de 1.885 mm e altura de 1.720 mm. O compartimento de bagagem é surpreendente, pois acomoda 1.132 litros e chega a 2.270 litros com o banco traseiro rebatido. O silencioso sistema de ar condicionado oferece resfriamento e aquecimento rápidos. O compressor do sistema é de alta eficiência e detecta o fluxo da refrigeração para ajustar a melhor economia possível de combustível. Um sensor de fumaça foi projetado para detectar partículas nocivas (CO, HC, NOx) de outros veículos e impedir automaticamente que entrem no RX350.

CONCLUSÃO

Bancos de couro e multimídia garantem a vida fácil a bordo. O RX350 aceita diversas fontes de arquivos de música, em seu Lexus Premium Sound System com entradas auxiliares e USB, além de conectividade Bluetooth. Também estão na lista de equipamentos do RX350 a coluna de direção regulável em altura e profundidade e com recolhimento automático elétrico, bancos dianteiros com aquecimento, cruise control, câmera de ré e sensor de estacionamento, entre outros. Como novidade, o utilitário esportivo ganhou para este ano GPS de série.

A conclusão é simples: o Lexus RX350 é um dos melhores crossovers/SUV do planeta. E quanto custa? Por R$ 280 mil, pouco menos de US$ 100 mil, você pode ter um na garagem. E vale a pena? A resposta é sim.

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