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TEST DRIVE: RANGE ROVER EVOQUE

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Se existe um carro que povoa os sonhos dos consumidores de automóveis de luxo, esse modelo é o Range Rover Evoque, SUV compacto da Land Rover. Criado a partir do LRX Concept, foi lançado em julho de 2011, com desenho assinado por Gerry McGovern. O Evoque conquistou admiradores, prêmios e, principalmente, compradores em todos os mercados onde é vendido, inclusive no Brasil.

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AUTO&TÉCNICA avaliou o Evoque Si4. E o carro começou a impressionar antes mesmo de ser usado, por conta da belíssima combinação de cores: preto metálico com interior bege. Rodamos com o SUV compacto por uma semana, suficiente para ter certeza de que foi um dos carros mais interessantes que testamos nos 18 anos da revista.

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O menor dos Land Rover chegou ao mercado praticamente idêntico ao carro-conceito LRX que o originou, e sem a cara de mau típica dos outros modelos da marca. Apesar de ser um SUV e esbanjar imponência, tem 4,36 m de comprimento, menor por exemplo que um Toyota Corolla. Mesmo assim chama muita atenção e, quando acelerado, não decepciona, com seu motor Ford Ecoboost 2.0 turbo de 240 cv, não deixando ninguém sentir saudade dos V6 e V8 comuns nos Land Rover. É uma espécie de irmão caçula bem sucedido, do qual todos se orgulham.

INSPIRADO

Como deve ser um Range Rover, ele é absolutamente confortável e bem equipado. É claro que a inspiração do luxo veio do modelo Sport, e o conforto do Discovery 4, que avaliamos anteriormente. Onde a vista alcança tudo é atraente, bem feito, bem acabado e com materiais de alta qualidade. Há couro nos bancos, revestimentos de portas e painel; detalhes de metal escovado; carpete de qualidade e luxo, muito luxo; a iluminação –por leds- em diferentes cores- garante o refinamento. O interior tem ambiente tão agradável que não dá vontade de sair dele.

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Um modelo desse porte é também um mostruário de tecnologia. Existe uma tela de LCD (de oito polegadas) no console por onde são ajustadas e controladas a central multimídia, com DVD/CD player e sistema de som Premium, com conexão para aparelhos Apple, entrada USB e Bluetooth.

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A partida é sem chave, por botão, enquanto o seletor do câmbio automático de seis marchas é  circular e giratório. Fica recolhido na base do console, e se ergue quando o motor é ligado. Ao desligar o motor, não é preciso se preocupar em colocar o seletor em “P”, pois a eletrônica se encarrega de levar o câmbio para a posição certa e ainda aciona o freio de estacionamento. Aliás, o freio “de mão” é travado ou destravado por meio de uma tecla no console.

DETALHES

Mas existe um detalhe que vai impressionar seu cunhado. Existem pequenos projetores instalados na base dos espelhos retrovisores, que entram em ação quando a porta é destravada, direcionando um facho de luz no chão. É até comum em carros de luxo, mas no Evoque a projeção tem a silhueta do carro.

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A versão avaliada foi a top de linha Dynamic (a intermediária é a Prestige, e a “básica” a Pure), que traz ainda duas telas extras de lcd para todos os ocupantes a traseira, fixadas na parte posterior dos apoios de cabeça da frente, GPS e sistema de som de 825 W e 17 alto-falantes.

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Mesmo que a absoluta maioria -para não dizer todos os proprietários- jamais passarão perto de uma poça de lama, o Evoque está preparado para ser aventureiro, caso seja chamado para isso. Seu compromisso é puramente urbano, mas ele tem capacidade para enfrentar terrenos adversos, graças à tração 4×4, Haldex, de quarta geração; possibilidade de enfrentar alagamentos de até 500 mm e tem ângulo de ataque de 25º/19º, ângulo de saída de 33º/30º e de inclinação de 22º.

RÁPIDO

O SUV tem ainda o Terrain Response, sistema da Land Rover que adapta suspensão e tração ao tipo de terreno onde está sendo usado, simplesmente acionando um conjunto de teclas no console. Falta para o off road bloqueio de diferencial e pneus adequados. Mas, como dissemos, o compromisso do carro é urbano. Para que sofrer em trilhas de terra se existem sempre boas estradas asfaltadas que levam ao mesmo lugar?

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Quer uma “tocada” mais esportiva? É só primir uma tecla no console que a direção fica mais pesada, a suspensão endurece, o câmbio fica mais esperto e, de imediato a iluminação dos instrumentos e do interior passa do branco para o vermelho.

O motor 2.0 é um ótimo exemplo de como o downsizing de motores é uma boa solução nos tempos atuais. Fornecido pela Ford (que vendeu a marca para a indiana Tata), tem quatro cilindros em linha, turbo, injeção direta de gasolina, quatro válvulas por cilindros, duplo comando de válvulas, 240 cv de potência máxima e quase 38,7 mkgf de torque máximo. Tudo isso dá e sobra para levar os mais de 1600 quilos com desenvoltura. Nem parece um SUV, e sim um bom esportivo. É acelerar e se divertir com os outros ficando para trás.

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O Range Rover Evoque acelera de zero a 100 km/h em 7,6 segundos e atinge os 217 km/h de velocidade máxima. Consumo? Não importa para quem compra um carro desses. Em todo caso, marcamos cerca de 11 km/litro na estrada e 6 km/litro em trechos urbanos. As suspensões são confortáveis, ao mesmo também que permitem muita estabilidade (McPherson a frente e multilink atrás, com amortecedores adaptativos MagneRide), freios a disco ventilados na dianteira e sólidos na traseira, controle de tração e estabilidade e rodas aro 20.

E QUE DESENHO!

E se por dentro e na mecânica esta tudo certo, o desenho futurista criado por McGovern não deixa por menos e atrai olhares por onde ele passa. Parece até um carrinho Hot Wheels que se materializou como carro de verdade. A iluminação externa é por leds, com faróis de xenônio e lanternas traseiras que lembram temas aeroespaciais. Faróis e lanternas são bem estreitos, e os repetidores dos piscas estão nos espelhos. O teto é de vidro, panorâmico, e não há o que reclamar em nenhum aspecto. É um concept car que foi para as ruas.

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Para completar a lista de mimos, sensor de estacionamento com câmara de ré, sensor de chuva, vidros/travas/espelhos elétricos, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, bancos dianteiros elétricos com memória, assistente de partida em ladeira, ar-condicionado dual-zone, retrovisor interno eletrocrômico, cruise control, controle de descida em ladeira, freio de estacionamento elétrico, ABS, airbags frontais/laterais/de cortina/de joelho do motorista, sistema de entretenimento com tela touch screen e e sistema de câmeras que cobrem os 360º ao redor do carro (também excelentes para desconcertar cunhados).

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Tudo isso tem um preço: R$ 205 mil. Mas, acredite, o Range Rover Evoque vale cada centavo. No mês de março foi o quarto importado mais vendido do país (o primeiro entre os carros de alto luxo), com 405 unidades comercializadas; no ano acumula 1096 emplacamentos. Além de ser um carro equilibrado, repleto de tecnologia, luxuoso e bem nascido, ele é bonito. E bota bonito nisso. É o Land Rover da nova era.

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