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TESTE: Citroën C4 Cactus Shine 1.6 THP

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O C4 Cactus estreou no final do ano passado com um missão complicada. Foi o modelo definido pela marca para brigar no segmento dos SUVs compactos. Bem equipado, opções de motor e câmbio e, o principal, visual sedutor. 

 

Na Europa, o Citroën Cactus é um hatch médio, mas no Brasil foi alçado à categoria dos SUVs. As diferenças são tantas que, na verdade, resta apenas o nome em comum. O C4 Cactus nasceu como um conceito em 2014, sem grade dianteira e com bolsas de ar nas laterais. De lá para cá, entrou em produção e por aqui se tornou rival de modelos como  Ford Ecosport, Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e Renault Captur, entre outros, num segmento cada vez mais disputado.

Assim, o Cactus nacional brasileiro passou por uma longa lista de modificações: o vão livre do solo cresceu em 3,4 cm agora tem 22,5 cm), as suspensões foram recalibradas, painel redesenhado e os motores disponíveis são os que a PSA oferece aqui, 1.6 aspirado e turbo THP, o primeiro com caixa de câmbio manual de cinco velocidades ou automática de seis, esta a única da versão turbo.

O novo Citroën está disponível em sete versões, que cobrem a faixa de R$ 70 mil a R$ 100 mil: Live e Feel aspiradas com caixa manual, Feel, Feel Business (para atender o mercado PCD) e Feel Pack aspiradas com transmissão automática, e Shine e Shine Pack automáticas com motor turbo. AUTO&TÉCNICA avaliou a top de linha Shine Pack automática.
 

O desenho do Cactus impressiona e lembra a linha DS, com frente alta e robusta, traseira correta e linhas laterais onde a coluna traseira traz o recurso visual de “teto flutuante”. Luzes diurnas de led estão presentes, mas as bolsas de ar do modelo francês não foram adotadas aqui, substituídas por apliques plásticos quase comuns na parte baixa das portas. Mas tudo ornando bem e transmitindo sofisticação.

No interior, muitas mudanças em relação ao europeu. O “nosso” tem a tela do multimídia posicionada mais baixa e os instrumentos são os digitais do C4 Lounge.

A central multimídia tem tela de sete polegadas e conexão com Android Auto e Apple Car Play; os comandos de ar-condicionado são feitos por essa tela.Outros detalhes do Shine são a cobertura do painel em material macio e o volante multi-função discretamente ovalado. Todos os materiais são de boa aparência. 

Os ocupantes acomodam-se com conforto nos banco revestidos de couro sintético. Os ajustes de altura e distância do volante ajudam a encontrar a melhor posição de dirigir. Na traseira, bom espaço para os ocupantes. O porta-malas tem capacidade de 320 litros, maior que o do Renegade e menor que os demais concorrentes.  O estepe, com roda de aço aro 15 e pneu convencional fica alojado no assoalho do porta-malas.

As versões turbo do Cactus trazem o controle eletrônico de tração ajustável “Grip Control”, com os modos de condução Padrão, Neve, Lama, Areia e ESP Off (controle de estabilidade desligado). 

Entre os itens de conveniência, o “pacote” é generoso, com ar-condicionado automático bizone, câmera traseira para manobras, chave presencial para acesso ao interior e partida, faróis e limpador de para-brisa com funcionamentos automáticos, fechamento de vidros a distância, monitor de pressão dos pneus e retrovisor interno fotocrômico. Sentimos falta da iluminação nos para-sóis e na parte traseira, e sensores de estacionamento (que são oferecidos como acessórios).

O câmbio está com a calibragem correta, funcionando de maneira suave e silenciosa. As suspensões também ficaram acima do esperado e a direção é impecável. No asfalto ou em pisos irregulares, absorve bem os contornos do terreno. A calibragem um pouco mais macia dos amortecedores não prejudica em  nada a estabilidade. 

 

 


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