TESTE: Fiat Argo Trekking 1.3 CVT
O Argo Trekking é o último dos “adventures”, categoria criada pela Fiat em 1999 e que fez enorme sucesso. No caso do Argo Trekking 1.3 testado, o modelo foi uma grata surpresa no quesito economia, graças ao câmbio CVT. Na terceira tentativa, a marca acertou na troca do câmbio, depois do automatizado GSR de cinco marchas no motor 1.3 aspirado e automático real no descontinuado 1.8, desde o ano passado é oferecido o câmbio CVT no motor 1.3. O resultado foi muito feliz.
por Marcos Cesar Silva
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No caso do automatizado, como de hábito ele não era de funcionamento dos mais suaves, e o automático cobrava seu preço no consumo elevado do motor 1.8. Com o CVT e suas sete marchas simuladas que trabalha em conjunto com o excelente motor 1.3 aspirado, o Argo chegou à cobiçada fórmula que busca reunir num só produto o preço razoável, boa dirigibilidade e consumo baixo. A versão Trekking 1.3 CVT, por R$ 90.501, é um dos últimos modelos aventureiros à venda no mercado brasileiro como vimos, trazendo as vantagens em termos de recursos e soluções que a categoria, obscurecida agora pelos SUVs, oferecia.
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O Argo Trekking CVT 2023 é equipado com o motor 1.3 Firefly, de quatro cilindros e oito válvulas. Ele tem 107 cv de potência máxima a 6.250 rpm e 13,7 mkgf de torque máximo a 4.000 rpm (com etanol). Com gasolina, os números são de 98 cv a 6.000 rpm e 13,2 mkgf a 4.250 rpm. O diâmetro x curso é de 70,0 mm x 86,5 mm, configuração que beneficia o torque em baixas rotações. O câmbio automático CVT (de relações continuamente variáveis) simula sete marchas, selecionadas pela alavanca, já que não há “borboletas” junto ao volante para mudanças manuais. É exatamente o mesmo conjunto encontrado, por exemplo, em outros carros da Stellantis. A cilindrada exata desse motor é de 1332 cm3, com taxa de compressão de 13,2:1, relação peso/potência de 10,56 kg/cv e potência especifica de 80,3 cv/litro.
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Como o”último dos moicanos” dos aventureiros, o Argo Trekking não foge muito às necessárias mudanças exigidas para que o carro se encaixe nessa categoria. A suspensão tem calibragem diferente do Argo convencional, da mesma forma que o sistema de direção (assistida eletricamente) também tem outro ajuste. O Trekking tem vão livre para o solo 2 cm mais alto, rack de teto, pneus de uso misto, ponteira de escapamento esportiva e exclusiva, apliques plásticos na carroceria e faixas decorativas.
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O Argo Trekking traz de série itens direção com assistência elétrica (diâmetro de giro de 10,4 m), condicionador de ar, “trio elétrico”, teto preto, faróis auxiliares, rodas de liga-leve aro 15 calçadas com pneus 205/60-15, central multimídia com tela de sete polegadas e conexão com fio para Android Auto e Apple CarPlay, câmera de ré, ajuste de altura para volante e banco do motorista, controles de tração e estabilidade, volante multifuncional, e ABS e os dois airbags frontais obrigatórios, entre outros.
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Com a aplicação do câmbio CVT, o Argo Trekking também passa a ter como item de série o cruise control (controle de velocidade de cruzeiro). O único opcional disponível é o “Trekking Top”, que acrescenta bancos revestidos de material sintético que imita couro, ar-condicionado digital, volante revestido e chave presencial com partida por botão, por mais R$ 2990.
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Convém lembrar que os carros “aventureiros” ou os Adventure, criados pela própria Fiat e copiados à exaustão, surgiram como o meio termo para quem não queria apenas um hatch e não tinha grana suficiente para um SUV. Muitos e muitos anos se passaram e essa situação ainda é válida. Nesse caso, é a opção do interessado em ter um carro além do Argo normal, mas ainda não tem, por exemplo, R$ 111.990 para comprar um Pulse Drive CVT básico
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Com maior altura para o solo e suspensão com outra calibragem, diferente do restante da linha, o Trekking se mostra muito adequado a enfrentar o piso ruim, valetas e lombadas que encontramos no dia a dia. Falando de outras comodidades, o câmbio merece um capítulo a parte. O automatizado GSR sempre incomodava com suas “cabeçadas” nas trocas de marcha, enquanto o 1.8 automático era um beberrão inveterado. No Argo Trekking, o CVT foi, sem dúvida, um enorme avanço. Em nosso teste chegou a marcar 12,9 km/litro com etanol em trecho rodoviário, acima do que a Fiat informava, e ainda 9,7 km/l em percurso urbano. A velocidade máxima é de 173 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h é em 13,8 segundos, boa para um carro de 107 cv e 1132 kg de peso.
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O câmbio CVT é bem programado, funciona suave e sem trancos, permite respostas rápidas e deixa o motor tranquilo, trabalhando em giros baixos. O Argo Trekking com o CVT funciona muito bem em qualquer situação, sem o câmbio chamar atenção dos ocupantes, deixando o interior silencioso em situação de condução tranquila. Se for necessário, basta acionar o modo Sport junto ao volante para a rotação ir para cima e o comportamento mudar.
CONCLUSÃO
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O Fiat Argo Trekking CVT mede 4,03 metros de comprimento, tem 2,52 m de distância entre-eixos, 1,56 m de altura e 1,75 m de largura; o porta-malas tem 300 litros de capacidade. E vale a pena comprar o Fiat Argo Trekking 1.3 CVT? A resposta é sim, pois esse câmbio não deixou o carro “chatinho” de dirigir nem monótono. É uma boa opção, de visual aventureiro para quem não tem verba suficiente para levar para casa um Fiat Pulse automático menos equipado.