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TESTE: Renault Kwid Outsider, uma pitada de aventura

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O Renault Kwid ganhou a nova versão Outsider, que chegou com alguma dose de aventura. O estudo dessa versão foi exibida no Salão de Buenos Aires do ano passado, quando o modelo fabricado no Paraná foi mostrado pela primeira vez ao público. Sem alterações mecânicas, a nova versão traz detalhes de estilo que o colocam na categoria dos aventureiros, e ainda central multimídia com integração ao Apple CarPlay e Android Auto.

 

No quesito visual, o Outsider traz novas molduras nos faróis de neblina, apliques pintados de prata nos para-choques dianteiro e traseiro, molduras plásticas nas laterais e barras de rack no teto. O nome Outsider aparece em adesivos nas laterais, abaixo dos retrovisores. O estudo de 2018 trazia rodas de alumínio, mas na versão final optou-se por manter as rodas de aço e calotas plásticas, agora pretas. Mas já existem diversos modelos de rodas de liga no mercado de reposição. O interior recebeu revestimento dos bancos com tecido de padrão colmeia e detalhes em laranja nos bancos, volante e manopla da alavanca de câmbio.

A opção é agora o top da linha Kwid, e como não traz alterações técnicas, as novidades ficaram mesmo para o visual, que dá ao simpático carrinho o necessário estilo. Destaque também para a central multimídia. O Kwid já era o único sub-compacto nacional (categoria onde disputa espaço com VW Uo e Fiat Mobi e Volkswagen) que oferecia multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas, sistema de navegação e câmera de ré para manobras.

A nova central Media Evolution é a mesma da versão Intense. E permite acessar aplicativos pelos sistemas Apple CarPlay e Android Auto, incluindo Spotify, Waze e Google Maps (este só para Android Auto) e mensagens de áudio de Whatsapp. O Driving Eco2, que avalia a eficiência do motorista na condução do carro, foi mantido mas deixa de ter o GPS integrado. A tomada USB saiu do aparelho e foi para o console. 

Não há nada de novo no eficiente motor 1.0 SCE de três cilindros e 12 válvulas, que tem 66 cv de potência máxima e torque também máximo de 9,4 mkgf com gasolina (70 cv e 9,8 mkgf com etanol). Altura em relação ao solo, medidas dos pneus e calibragem de suspensão não foram alterados. Por outro lado, os freios receberam discos ventilados na frente (eram sólidos) e servo-freio de maior dimensão. Estas mudanças devem chegar às demais versões.

AUTO&TÉCNICA fez uma longa avaliação com o novo modelo, rodando por estradas e trânsito urbano. O desempenho é bom, dentro do compromisso de um motor pequeno e de três cilindros, mesmo com o ar condicionado acionado. Você não está a bordo de um esportivo, então não adianta sonhar com altos desempenhos. As marchas estão bem escalonadas e os engates são fáceis. Acelera de zero a 100 km/hh em cerca de 15 segundos (com etanol) e conseguimos fazer 16 km/litro de gasolina na estrada e 12 km/litro na cidade. Mas boas. 

Rodando com ele, tudo tranquilo. A direção tem assistência elétrica, leve e precisa, e o grande vão livre em relação ao solo -de 18 cm- ajuda muito para vencer lombadas e valetas, enquanto a suspensão mostra bom equilíbrio entre conforto e segurança. 

O Kwid não é um SUV, e com o estilo Outsider ficou bem interessante. O interior com acabamento em duas cores dá um certo ar de “bem cuidado” ao carrinho, embora abuse dos plásticos, como a maioroa dos carros nacionais. A central multimídia se mostrou útil e prática, bem eficiente no dia a dia, inclusive na interação com o celular.

O espaço para  quatro ocupantes é bom. Não há regulagem do volante ou da altura de banco, mas atrás a fixação tipo Isofix para cadeirinha infantil é um bom recurso. As barras de teto do Outsider apenas simulam um rack, e trazem o aviso de que não é para ser aplicado peso nelas; são apenas decorativas.

O Kwid praticamente só tem um concorrente: o Mobi. Diante do Fiat, leva vantagens em espaço de bagagem (290 litros) e central multimídia. Uma versão interessante do Renault é a Zen, que custa R$ 38.790, com direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos e som. O Outsider custa R$ 43.990, cerca de R$ 5 mil a mais, comprometendo um pouco a relação custo/benefício. Mesmo assim, é uma boa opção para quem busca um carro prático, mais ou menos , econômico e com visual aventureiro.


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