TESTE: VW Virtus Highline 200
O Volkswagen Virtus trouxe poucas novidades na linha 2025, já que no ano passado recebeu algumas atualizações. O modelo tem seis airbags, controle de tração e estabilidade e direção semi-autônoma em todas as versões, adicionando a frenagem autônoma de emergência e o detector de fadiga nas versões Highline e Exclusive, mais caras. O porta-malas de 521 litros é realmente muito bom, o maior da categoria, o que é um chamariz interessante no segmento. AUTO&TÉCNICA avaliou o Virtus Highline 200 TSI (1.0), rodando pelo nordeste do Brasil, versão que custa a partir de R$ 152.990. O cargo de topo de linha fica para a Exclusive, que custa R$ 158.990.
por Marcos Cesar Silva

Já nas mudanças do ano passado, o sedã ficou mais sofisticado em termos visuais, com destaque para o novo conjunto de faróis, por LEDs, que também são bastante eficientes, estendendo a capacidade de iluminação para cerca de 130 metros à frente do veículo. Mas o motor 1.0 turbo (200 TSI), excelente, também merece ser mencionado, pois oferece boa relação entre desempenho e consumo. A potência máxima é de 128 cv com etanol (116 cv com gasolina), adequada para sua proposta, e o torque máximo de 20,4 mkgf (200 Nm, daí a identificação do modelo) surge já em baixas rotações.

Já a versão topo de linha Exclusive é a única que conta com o motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 mkgf; nos dois casos, a transmissão automática é de seis marchas, de funcionamento preciso e suave, e com trocas manuais pelas “borboletas” junto ao volante oi alavanca. Com isso, ganha nas acelerações e retomadas de velocidade, graças ao bom torque disponível a partir de 2.000 rpm. É powertrain bastante honesto, que garante boas acelerações, principalmente em rotações baixas. Em altas rotações, não há milagres, afinal é um motor 1.0 com turbo. Acelera de zero a 100 km/h na casa dos 10 segundos, e a velocidade máxima é de 194 km/h (etanol).


Por dentro, tudo muito bem acabado mas sem luxo, como é normal nos Volkswagen. O volante multifuncional oferece ótima empunhadura, a posição de dirigir é mais baixa e o painel digital são mais alguns pontos de destaque do Virtus Highline. O painel de instrumentos tem tela de 10,25 polegadas e inclui um eficiente computador de bordo. O quadro de instrumentos digital permite várias opções diferentes, apresentadas em variações de visual e de informações. Os bancos são confortáveis, revestidos de material sintético que imita couro.




A tela do multimídia, de 10,1 polegadas, também é muito boa e oferece conexão com o VW Play, uma plataforma oferecida pela marca. Traz ainda conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay, tomada USB-C, e agrupa vários comandos, o que não agrada a quem gosta de controles físicos. O banco traseiro conta com duas saídas de ar condicionado e tomadas USB-C, necessárias hoje em dia. O ar-condicionado é digital, e se mostrou muito eficiente no calor do nordeste.


O porta-malas, como dissemos antes, é grande, de 521 litros, capacidade que encontramos em sedãs maiores. O quesito segurança também é bem cuidados, tanto ativa como passivamente. Traz itens como freio pós colisão, que impede que o carro siga desgovernado após uma colisão. Bom lembrar que, avaliado com seis airbags, recebeu cinco estrelas, a nota máxima, do Latin NCAP. Fixações ISOFIX e top tether para cadeirinhas infantis também contribuem para garantir a melhor segurança.
O desenho frontal melhorou bastante com o conjunto de faróis por LEDs e a lateral segue bastante equilibrada; visto de traseira ele agrada pela elegância e discrição das linhas. As rodas de liga-leve são aro 17, calçadas com pneus 205/50, bem equacionados para equilibrar estabilidade e conforto, e preenchem bem o desenho do carro.

As suspensões, se não são exatamente sofisticadas, são muito eficientes. O Virtus traz na dianteira suspensão tipo McPherson e, na traseira, eixo de torção, com molas helicoidais e barra estabilizadora. Como todo Volkswagen, a estabilidade é muito boa. Os freios são a disco nas quatro rodas e o sistema de direção conta com assistência elétrica.

Em termos de dimensões, o Volkswagen Virtus tem as seguintes medidas: comprimento de 4.482 mm, largura de 1.751 mm, altura de 1.472 mm e distância entre-eixos de 2.651 mm. O tanque de combustível comporta 52 litros. Com gasolina, o Virtus Highline faz em média 11,9 km/litro na cidade e 15,2 km/l na estrada; com etanol, as médias são de 8,8 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada.
CONCLUSÃO
Os sedãs estão ficando raros no nosso mercado, onde reinam os SUVs de todos os tamanhos. O Virtus Highline agrada em cheio quem gosta desse tipo de carro e, no caso da Volkswagen, não tem verba suficente para colocar um Jetta na garagem. O Virtus é um carro confiável, econômico, agradável de ser dirigido. É uma espécie de Santana da nova era. E cumpre bem esse papel.

A generosa capacidade do porta-malas (521 litros) chama atenção para o compromisso do veículo, que é atender as famílias que precisam de um carro econômico e com bom espaço interno, com uma boa dose de elegância. Afinal, a imponência do desenho de um sedã quatro portas ainda é insuperável num mundo repleto de SUVs.
