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TYPE 804 1962: O PORSCHE DE FÓRMULA 1

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Quando a capacidade dos motores de Fórmula 1 foi reduzida, em 1961, para 1.500 cm3, a Porsche se motivou a ingressar na briga dos carros de Grand Prix. Naquela época tudo era muito simples na Fórmula 1, e a marca esteve perto de vencer os GPs da França, Itália e Estados Unidos, provas em que Dan Gurney chegou em segundo lugar pilotando um adaptado chassi Type 782 de Fórmula 2.

Para 1962 a Porsche apresentou o Type 804, com motor boxer de oito cilindros horizontais, opostos quatro a quatro, com 1.494 cm3, similar aos demais Fórmula 1 de motor central traseiro, mas com novo sistema de freios e ventoinha horizontal para arrefecer o motor “a ar”.

O carro tinha 180 cv de potência máxima a 9.200 rpm, alimentado por dois carburadores de corpo duplo e tanque de 150 litros de capacidade. O câmbio era montado na traseira, com seis marchas, e o diferencial era auto-blocante.

Usava chassi tubular de aço, suspensões independentes com barras de torção, freios a disco Porsche e pneus 5.00×15 na frente e 6.50×15 na traseira. Media 2,30m de entre-eixos, 3,60m de comprimento e pesava 425 kg. A velocidade máxima era de 270 km/h.

As coisas começaram a acontecer em julho daquele ano, quando Gurney venceu o GP da França com uma volta de vantagem sobre o sul-africano Tony Maggs, da Cooper. Uma semana depois Gurney derrotou Jim Clark e sua Lotus diante de 300 mil torcedores, no GP da Alemanha.

Mas as despesas ficaram altas demais para a Porsche, que encerrou seu programa de Fórmula 1 no final de 1962. A tecnologia e desenvolvimentos das pistas não serviam para ser aplicados em seus carros de rua e continuar na categoria significava investimentos pesados. As provas de turismo eram mais importantes para desenvolver seus carros esporte, e por isso a marca alemã optou por investir em provas de GT e de longa duração. Mas deixou sua marca na Fórmula 1.


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