Uma série de acidentes, e a General Motors desiste dos táxis autônomos
Não é só no Brasil que a General Motors está meio sem rumo. O acidente ocorrido em San Francisco no ano passado, que envolveu um táxi autônomo da Cruise, subsidiária da GM, e colocou um ponto final na atividade de táxis sem motorista da fabricante americana. A GM -que já foi a maior empresa do segmento automotivo- anunciou que vai encerrar a suas atividades nos táxis autônomos. Contribuiu para essa decisão não só o grave acidente em San Francisco, mas vários outros, o que levou à perda da licença da Cruise, que cuidava desse tipo de táxis da GM.
por Ricardo Caruso

Recorde-se que antes deste acidente, a ex-gigante automotiva tinha, por meio da subsidiária Cruise, uma frota de táxis autônomos operando em vários centros de cidades dos Estados Unidos.
Mas desde o acidente em San Francisco, a Cruise teve que demitir 900 funcionários, exatamente 25% do seu quadro de trabalhadores. No momento em que a empresa finalmente regressou gradualmente às suas atividades de desenvolvimento, e passou a estar disponível na plataforma da Uber, liberada para o primeiro semestre de 2025, a GM decidiu assumir mais um prejuízo.
O Departament of Motor Vehicles da Califórnia (DMC) alega que a Cruise foi enganosa e escondeu evidências de grandes problemas de segurança com seus veículos autônomos de teste. Essa irregularidade bastou para que o órgão regulador suspendesse a licença da Cruise para operar com táxis Chevrolet Bolt de direção totalmente autônoma.
“Consistente com as suas prioridades de alocação de capital, a GM não financiará mais o trabalho de desenvolvimento de táxis autônomos da Cruise, dado o tempo e recursos consideráveis que seriam necessários para alavancar a empresa, especialmente num mercado cada vez mais competitivo”, explicou o fabricante.