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US$ 2 bi: é o que a PSA vai pagar pela Opel

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A compra da Opel pela PSA é um negócio avaliado em US$ 2 bilhões, será fechado esta semana e anunciado oficialmente na quinta-feira, quando o grupo que controla a Peugeot e a Citroen apresentará os resultados anuais de 2016. A PSA pagará US$ 1 bilhão para a General Motors, e assumirá igual valor em responsabilidades e dívidas. Este preço não inclui a Vauxhall, marca gêmea da Opel no Reino Unido.

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A fusão PSA-Opel está sendo bem vista pelos analistas, que destacam as sinergias industriais possíveis, com grande economia nos custos de pesquisa e desenvolvimento, e a complementaridade geográfica, uma vez que a Opel tem posições fortes onde a PSA não tem, e vice-versa.A PSA optou por acelerar as negociações com o governo alemão, para concretizar a compra da Opel. Depois serão feitas negociações no Reino Unido,relativas ao futuro da Vauxhall.

OS ELÉTRICOS

A General Motors cederá à PSA acesso à sua tecnologia de veículos elétricos, utilizada no novo Opel Ampera-e, se a compra da Opel/Vauxhall pelo grupo francês realmente se concretizar. A imprensa europeia adianta que o chefão da Opel, Karl-Thomas Neumann, estava preparando um plano estratégico que previa a transformação da Opel numa marca exclusiva de veículos elétricos, até 2030, e que agora é possível que a PSA coloque este projeto em prática.

Carlos Tavares, chefão da PSA, já sinalizou que manterá a independência e autonomia da Opel, incluindo uma administração própria, indicando que Neumann poderá continuar à frente dos destinos da empresa. Karl-Thomas Neumann afirmou. entretanto, que uma fusão da Opel com a PSA faz sentido e que ele fará tudo para que a Opel tenha um futuro sustentável.

O grupo francês PSA, que controla as marcas Peugeot, Citroën e DS, se atrasou bastante no desenvolvimento de propulsões elétricas. Os urbanos 100% elétricos Peugeot iON e Citroen C-Zero, são modelos igais ao Mitsubishi i-MiEV, com quem a PSA tinha colaboração estratégica neste campo, mas em outubro do ano passado a Renault adquiriu o controle da empresa japonesa, barrando qualquer hipótese futura da PSA ter acesso à tecnologia dos japoneses.

Além de rivais diretos, as relações entre os chefões dois grupos franceses são tensas, depois que o português Carlos Tavares abandonou a vice-presidência executiva da Renault-Nissan, em briga aberta com o chefão Carlos Ghons, para assumir a liderança da PSA. Parece até uma cisão na Máfia…

A Mitsubishi é também uma das empresas mais avançadas no campo dos sistemas híbridos, justificando o interesse dos grupos franceses pela empresa.

DA CHINA

A futura plataforma de veículos elétricos da PSA está sendo desenvolvida em conjunto com a Dongfeng Motors, parceira do grupo na China, mas só deverá estar operando em 2021. Anuncia autonomia de até 450 km por carga de bateria.

O novo Opel Ampera-e, que chegará aos mercados europeus ainda este ano, é um dos mais avançados veículos elétricos do momento, e os primeiros testes certificados na Europa apontam para autonomia de 520 km.

Nos Estados Unidos, o Chevolet Bolt, gêmeo norte-americano do Ampera-e, tem batido recordes sucessivos de vendas e ganho repetidos testes comparativos com os mais fortes concorrentes europeus, o que dá boa perspectiva para a tecnologia elétrica da General Motors.


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