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Vendas de automóveis vão despencar com os compartilhamentos

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As vendas de automóveis no mundo vão diminuir muito ao longo das próximas duas décadas, à medida que serviços de compartilhamento, como a Uber e tantos outros, forem ganhando importância como meio alternativo de mobilidade nas grandes cidades. Um estudo da IHS Markit aponta para isso.

 

Em 2040, as vendas de automóveis nos Estados Unidos, Europa, China e Índia, que serão então os quatro maiores mercados mundiais, somarão 54 milhões de unidades, contra 80 milhões atuais. O estudo concluiu também que, apesar das restrições à circulação dos motores de combustão convencionais, apenas 19% dos automóveis vendidos terão sistemas de propulsão 100% elétricos. Os híbridos recarregáveis (plug-in), representarão 14% das vendas, enquanto os motores diesel e gasolina continuarão dominantes, com 62% do total, contra os 98% de 2016.

 

A maior penetração dos veículos elétricos será impulsionada por uma baixa dos preços de venda, devido aos menores custos dos conjuntos de baterias. Hoje, um “pack” de baterias custa cerca de US$ 200 dólares por kilowatt-hora, mas é necessário que este valor caia para metade, para que os automóveis elétricos sejam competitivos -em termos de preços- com os veículos com motores gasolina. De acordo com o estudo da IHS Markit, essa paridade deverá ser atingida em 2030.

A indústria automotiva chegará a um paradoxo, onde apesar de no futuro os deslocamentos com automóveis atingirem seu máximo, haverá menos necessidade de automóveis privados, devido à crescente penetração de serviços de mobilidade alternativos.

Os operadores destes serviços comprarão 10 milhões de veículos em 2040, contra os cerca de 300 mil estimados para 2017.

Apesar da baixa de vendas de automóveis, a procura de petróleo para usos não relacionados com o transporte deverá aumentar, dos atuais 90 milhões de barris/dia para cerca de 115 milhões, em 2040. A justificar esta surpreendente previsão, a IHS Markit recorda que os automóveis representam apenas 33% da procura mundial de petróleo.

Essa mudança de hábito vai ocorrer de maneira muito rápida, e o “negócio automóvel” vai mudar. Montadora que continuar no ritmo fabricar/vender para o consumidor final via concessionárias, vai desaparecer. O negócio será outro: gerenciar compartilhamentos. Pouco sentido faz você comprar um carro -que é caro- para deixá-lo grande parte do tempo parado e desvalorizando.

 


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