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A Ford demitirá 3.800 funcionários e culpa o futuro…

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Depois dos rumores, a Ford acaba de confirmar a intenção de reduzir sua mão de obra na Europa, eliminando um total de 3.800 empregos. E já achou a quem culpar: segundo a marca, a responsabilidade por este alto índice de desemprego é do futuro da própria indústria  automotiva.

por Marcos Cesar Silva

Ainda segundo revelou a empresa norte-americana, destes 3.800 postos de trabalho que serão eliminados, 2.800 são de colaboradores envolvidos na engenharia e produção dos veículos , enquanto 1.000 estão relacionados com áreas como os serviços administrativos, marketing, vendas e distribuição.

Quanto aos países mais afetados, a Ford explicou que 2.300 dos trabalhadores que serão dispensados estão sediados na Alemanha, 1.300 trabalham no Reino Unido, e os restantes 200 estão espalhados por outros países europeus.

Em declarações aos jornalistas europeus, o director geral da Ford Europa, Martin Sander, procurou explicar as demissões agora confirmadas, defendendo que, com a transição para a mobilidade elétrica que o setor fazendo, “são necessários menos processos e mão de obra para produzir sistemas de propulsão”. “A verdade é que estamos caminhando para um mundo em que são necessárias menos plataformas e, como tal, também menos trabalho de engenharia. Essa é a razão por que temos de tomar as medidas agora anunciadas”, concluiu.

Apesar destes cortes, a Ford afirmou que, em 2025, somará mesmo assim 3.400 funcionários nas áreas relacionadas com a engenharia. Meios que, por outro lado, também permitirão ao fabricante chegar a 2035 com a já prometida linha de veículos totalmente elétricos à venda na Europa.

Aliás, sobre esta nova perspectiva, vale recordar que a Ford pretende começar a sua transformação eletrificada já neste ano, com a apresentação de um novo modelo, fabricado em Colonia, na Alemanha, com base na plataforma MEB do Grupo Volkswagen. Sendo que, com base na mesma arquitetura, surgirá em seguida um segundo modelo. Já para 2024, é esperada a versão 100% elétrica do Puma, cuja produção será feita na Romênia.

Finalmente, resta saber se tanto o Fusion (rebatizado de Mondeo na Europa), já descontinuado, como o Focus, cujo fim está anunciado para 2025, terão sucessores elétricos. A única certeza por enquantpo é de que a Ford não pretende continuar com a fábrica de Saarlouis, na Alemanha, local onde o Focus continua sendo produzido, estando inclusive em negociação para a venda das instalações para os chineses da BYD.


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