Curiosidade: você sabe por que o Twingo se chamou Twingo?
Desprezado no Brasil, o Twingo é um dos modelos mais marcantes da história da Renault na era moderna da marca, mas também tem seu lugar de honra na história da indústria automotiva. Mas o que poucos sabem é a origem do nome do simpático carrinho.
por Ricardo Caruso
Twingo é um dos nomes mais conhecidos e reconhecidos dentro do universo Renault, e passados 30 anos desde o seu lançamento, não é exagero algum afirmar que se trata de um divisor de águas na trajetória da marca francesa? O Twingo, um carro urbano cheio de soluções inteligentes e revolucionárias, foi apresentado no Salão de Paris de 1992 e lançado oficialmente no ano seguinte. Era para ser uma espécie de sucessor espiritual do Renault 4, mas.acabou algo muito diferente e com personalidade própria. E não perdeu nada com isso, pelo contrário.
Desenhado sob o comando de Patrick Le Quément, o chefão de desenho da Renault na época, o Twingo foi um estrondoso e imediato sucesso, com mais de 2,5 milhões de unidades vendidas logo na primeira geração. Esta deixou de ser produzida em 2007, exceto na Colômbia, com a produção se estendendo até 2012 por meio da SOFASA.
O sucesso deveu-se, em grande parte, ao desenho arrojado do pequeno Twingo, que apostava num conceito simples e prático e a um preço acessível. De acordo com a própria Renault, “o Twingo era a antítese do automóvel comum: a compra de um Twingo era um ato de prazer pessoal e nunca uma forma de despertar o olhar de terceiros”.
Por isso mesmo, na campanha de lançamento do modelo trazia o slogan “Twingo: é outra atitude”. Essa atitude impunha-se no estilo e no caráter do simpático carrinho, mas não só: o próprio nome dava força a essa ideia. Isto porque o nome Twingo resulta da mistura de três palavras distintas: Twist, Swing e Tango. E o que todas estas palavras têm em comum? São nomes de de danças distintas, algo que para a equipe de marketing da Renault combinava com perfeição com as atitudes irreverentes e divertidas deste modelo.
Passado todo esse tempo —e depois de quase quatro milhões de unidades vendidas em todo o mundo nas diferentes gerações— é possível afirmar que o nome foi tão genial quanto o carro, e funcionou muito além do que se imaginava.
O Renault W60 (acima), protótipo de 1986, foi a proposta de Marcello Gandini para o carro que viria a se tornar o Renault Twingo. O conceito foi inicialmente rejeitado pela Renault, mas depois que Patrick Le Quément assumiu como ice-residente de desenho da marca em 1987, acabou ressuscitando o projeto, que evoluiu para a primeira geração do Twingo