Blog dos CarusoSlide

Senna e a Lotus: cinco histórias esquecidas

Compartilhe!

Durante as três temporadas em que correu pela Lotus, Ayrton Senna conseguiu seis vitórias e foi 22 vezes ao pódio. Muito bom, mas, abaixo do seu objetivo, que era conquistar o título de campeão mundial de Fórmula 1. Não deu na Lotus, mas deu certo depois na McLaren. AUTO&TÉCNICA traz cinco curiosidades, na verdade passagens menos conhecidos que aconteceram durante a passagem de Senna na Lotus.
 


Durante os três anos na Lotus, Senna conquistou 22 pódios, enquanto todos os seus companheiros de equipe alcançaram apenas três no mesmo período. Outra curiosidade inserida nesta, é que nos três pódios alcançados pelos seus colegas de equipe, Senna não esteve em nenhum deles. Os seus companheiros de equipe, Johnny Dumfries (1986) e Satoru Nakajima (1987), nunca subiram no pódio. Somente Elio de Angelis, que teve a sua última temporada completa na Fórmula 1 em 1985, conseguiu alcançar uma vitória e dois terceiros lugares, além de um quarto lugar, logo nos primeiros quatro GPs daquele ano. Senna só conseguiu os primeiros pontos com a Lotus em Portugal, e só subiu ao pódio com um colega de equipe pela no GP de San Marino, em 1988, quando venceu e Alain Prost terminou em segundo.
 


 Johnny Dumfries só competiu na temporada de 1986 da Fórmula 1. Era o piloto número dois da equipe e conquistou apenas três pontos, ao contrário de Senna que teve 55 pontos. O nome verdadeiro de Johnny Dumfries é John Crichton-Stuart, sendo ele o Sétimo Marquês de Bute. Em 1984 venceu 10 das 17 corridas da Fórmula 3 britânica, ficando à frente de Senna. Fez parte também da equipe da Jaguar, vencedora da edição de 1988 da “24 Horas de Le Mans”, tendo como companheiros de equipe Jan Lammers e Andy Wallace. Mas o que aqui interessa foi o sexto lugar alcançado por Johnny Dumfries no GP da Austrália, sendo a única vez que ficou à frente de Senna, que tinha desistido na volta 43. Essa foi a última vez que um carro de Fórmula 1 patrocinado pela John Player Special alcançou pontos, antes das marcas de tabaco serem banidas da categoria.
 


 

Senna por muitas vezes era convidado a acelerar carros fora da Fórmula 1, como o teste no Fórmula Indy de Emerson Fittipaldi, pela equipe Penske, em dezembro de 1992, ou a “Race of Champions” no circuito de Nurburgring, com um Mercedes-Benz 190E 2.3-16, em maio de 1984. Num certo dia de novembro de 1986, Senna passou de piloto de Fórmula 1 para piloto de rali, para um teste de uma revista britânica, a “Cars and Car Conversions”. Os automóveis testados por Senna eram um Ford Sierra Cosworth Grupo N, um Vauxhall Nova Grupo A, um Ford Escort V6 GA 4WD, Volkswagen Golf GTI 16v Grupo A e um MG Metro 6R4 Clubman de Grupo B. Senna esteve ali aprendendo como pilotar os vários carros de rali disponíveis, fazendo isso por conta própria e sem ajuda de ninguém. Chegou, inclusive, a bater o Escort numa árvore.
 


Ayrton Senna fica para a história pois encontra-se no top 10 no número de vencedores de corridas, pole positions, pódios e nos Grand Slam, que consiste no piloto obter a pole, todas as voltas, marcar a volta mais rápida e ganhar a prova. No entanto, apenas no quesito de voltas mais rápidas nos GPs, Senna fica fora do top 10. Além disso, existe uma temporada onde Senna não conseguiu uma única volta mais rápida e essa temporada é a de 1986, na Lotus.
 


Nas duas épocas em que Gerhard Berger e Michele Alboreto foram a dupla de pilotos da Ferrari, só foram ao pódio juntos por três vezes. Duas delas foram como primeiro e segundo lugares, com Berger na frente, e em ambas Senna esteve indiretamente envolvido. Em Monza foi posto fora da liderança por uma manobra desatrada de Jean-Louis Schlesser. A outra vez em que algo idêntico se passou foi no GP da Austrália, em 1987, quando Senna tinha terminado a corrida em segundo, atrás de Berger e à frente de Alboreto, mas mais tarde foi desclassificado porque os dutos de ar para os freios estavam fora de medida no seu Lotus 99T, fazendo a Ferrari a marcar a dobradinha.


Compartilhe!