A Ford divulgou que encomendou 12 ultracongeladores para armazenar com segurança a vacina contra COVID-19 da Pfizer, medida que visa garantir que os trabalhadores da empresa nos Estados Unidos tenham acesso às vacinas quando forem disponibilizadas nacionalmente.

Diferente do que acontece com o governo federal no Brasil, a compra da Ford e outras empresas reflete os esforços dos Estados e cidades dos Estados Unidos para comprar equipamentos que possam armazenar milhares e milhares de doses da vacina da Pfizer a temperaturas de 70 graus Celsius negativos, significativamente abaixo do padrão das vacinas mais comuns (de 2 a 8 graus Celsius).

“Decidimos encomendar o equipamento para que possamos disponibilizar a vacina a todos os nossos funcionários de forma voluntária”, afirmou Kelli Felker, porta-voz da marca norte-americana.

Detalhes sobre como a Ford irá utilizar os ultracongeladores -que deverão ser entregues até o final deste ano– ainda se encontram em estudo, revelou Felker.

Os trabalhadores da indústria produtiva são considerados essenciais na maioria dos Estados dos Estados Unidos, mas não estão no topo da lista de prioridade das vacinas, que deverão ser distribuídas primeiro para os trabalhadores da área da saúde e grupos de risco.

As fábricas da indústria automotiva norte-americanas conseguiram evitar a disseminação do vírus entre os seus trabalhadores após uma paralisação de dois meses no início do ano, mas os casos de Covid-19 e as hospitalizações estão a aumentando nos Estados Unidos.

De acordo com a imprensa internacional, Felker ainda não sabe qual será a empresa fornecedora dos ultracongeladores, já que alguns dos seus principais fabricantes alertaram para uma lista de espera de meses.

A Ford, que tomou a decisão de comprar os equipamentos por conta própria, não divulgou quanto gastou, mas os ultracongeladores exigidos pela vacina da Pfizer podem custar entre até US$ 15 mil cada, de acordo com empresas do setor.