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Novos tempos: cinco marcas chinesas já estão se instalando na Europa

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Os fabricantes de automóveis chineses procuram aumentar a produção de seus veículos na Europa, como resposta à União Europeia, que pretende aumentar a atual tarifa de importação de 10% sobre as importações de veículos chineses para um nível punitivo. Mais ou menos o que pretende a Anfavea por aqui. Assim, em breve veremos no mercado carros de marcas chinesas, mas fabricados no Velho Continente: Italianos, espanhóis, britânicos, húngaros, poloneses… Isso fora as que ainda só atuam como importadoras.

da Redação

O que fica evidente é que a China tem vantagem competitiva em muitas áreas da cadeia de valor dos carros elétricos. Como força dominante no mercado de baterias, o país também tem fácil acesso a matérias-primas críticas. Graças a anos de incentivos, como subsídios governamentais e benefícios fiscais, surgiu na China uma série de marcas locais de veículos eléctricos que estão prontas para entrar nos principais mercados automóveis, incluindo o europeu. Aqui está uma visão geral dos planos de produção europeia das empresas chinesas:

A BYD, que está se instalando e bem no Brasil, pretende iniciar a produção na sua nova fábrica de automóveis de passageiros na Hungria antes de 2026, como parte do seu objetivo de atingir a quota de 5% nas vendas de automóveis elétricos na União Europeia. A fábrica terá capacidade anual de 150 mil unidades, que poderá ser duplicada rapidamente para 300 mil.

A Chery, também já operando no Brasil, afirmou que produzirá carros da marca Omoda na antiga fábrica da Nissan em Barcelona. A produção está prevista para começar este ano. A empresa planeja produzir 150.000 veículos por ano até 2029, numa joint venture com a empresa espanhola EV Motors. A Chery também está em negociações com o governo italiano para abrir uma segunda fábrica na Europa. O governo ofereceu à Chery fábricas não utilizadas como potenciais locais de produção e ainda uma localização nova no sul de Itália, onde uma fábrica poderia ser construída, de acordo com relatos da imprensa italiana.

A Dongfeng Motor está em negociações com o governo italiano para abrir uma fábrica para produzir mais de 100 mil veículos anualmente . O governo planeja oferecer à Dongfeng algumas opções de locais de produção, disse o executivo Qian Xie, que lidera as operações da empresa na Europa.

A Leapmotor, que tem 21% detido pela Stellantis, está estudando opções para construir os seus carros numa das fábricas europeias da Stellantis. A produção do minicarro elétrico a bateria T03 da Leapmotor pode começar ainda este ano, na fábrica da Stellantis em Tychy, na Polônia, onde era feita primeira geração do renascido 500. A Stellantis também está considerando construir até 150.000 veículos elétricos Leapmotor por ano em sua fábrica de Mirafiori, em Torino.

A marca MG da SAIC disse que tomará uma decisão sobre a produção europeia dentro de dois a três anos, e escolherá um local com base nos custos de energia e mão de obra. O Reino Unido, o maior mercado de MG na região, é uma opção; por outro lado, a empresa já pesquisa o mercado brasileiro há algum tempo. A SAIC possui parte do complexo fabril em Longbridge, Inglaterra, que anteriormente pertencia à MG Rover, embora as áreas de montagem tenham sido vendidas para habitação em 2021. A MG é a montadora chinesa mais vendida na Europa, com volume de 231.684 carros no ano passado. de acordo com o pesquisadora de mercado Dataforce.

com Automotive News Europe


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