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Escândalo VW: West Virginia, a universidade que derrubou a gigante

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A Volkswagen tem sido o principal tema de notícia nos últimos dias, depois que entidades norte-americanas denunciaram que os motores Diesel 2.0 TDI da marca estavam equipados com um software que permitia alterar os dados das emissões de NOx quando estes estivessem em processo de testes. Mas, quem fez esta descoberta?

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O CAFFE – Center for Alternative Fuels, Engines & Emissions (Centro de Emissões de Motores com Combustíveis Alternativos), da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, é o responsável por descobrir esta fraude envolvendo a marca alemã. O Conselho Internacional para os Transportes Ecológicos (ICCT) contratou esta entidade para realizar alguns testes de utilização em condições de “uso real” ou, seja, em ruas e estrada, de alguns automóveis.

O ICCT, organização europeia sem fins lucrativos, tentava assim pressionar as autoridades do Velho Continente para aumentar os limites às emissões dos gases de óxido nitroso, utilizando este estudo como argumento futuro. Num custo de cerca de US$ 50 mil, foram analisados três veículos Diesel: Volkswagen Jetta, Volkswagen Passat e BMW X5.

Os três veículos foram conduzidos nas vias norte-americanas, incluindo vias urbanas e estradas, reproduzindo um cenário realista, sendo que os dados sobre as emissões foram registados por meio de um sistema portátil. Testados de forma diferente, mas com o mesmo propósito, os dois Volkswagen, equipados com um Diesel 2.0 TDI, demonstraram durante as avaliações valores de emissões entre cinco a 35 vezes acima do permitido pela lei norte-americana. Já o BMW x5, equipado com um motor Diesel 3.0 turbo, registou emissões abaixo do requerido.

Os responsáveis pelo estudo apresentaram-no num evento em San Diego, Califórnia, em 2014, demonstrando que o assunto já era do conhecimento das autoridades há pelo menos um ano. Apesar da mídia não ter noticiado esta descoberta, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos iniciou a sua própria investigação para que agora fosse possível confrontar o grupo Volkswagen com as conclusões finais.

Confira aqui o estudo da WVU.


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