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Como os orientais invadiram o Salão de Frankfurt

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A ausência de algumas marcas tradicionais no recente Salão de Frankfurt abriu espaço para maior presença de empresas asiáticas que, em alguns casos apesar de jovens, revelaram fortes ambições.

Mais do que mostrarem o seu poderio em termos de investimento, os asiáticos mostram estratégias que lhes permitem adquirir conhecimentos e, ao mesmo tempo, preparar o futuro das suas marcas. É certo que no “Top 10” de construtores mundiais ainda irá demorar algum tempo até aparecer uma marca completamente chinesa, mas os acordos e aquisições vão acontecendo, e em breve deveram acontecer novidades nesse sentido.

Uma das marcas chinesas que mais chamou atenção foi a Borgward. Sim. Depois de portas fechadas na Alemanha há décadas, reencarnou agora pelas mãos justamente de um grupo de investidores chineses, que chegaram com um centro de desenho em Stuttgart, contratando engenheiros na Mini e na Kia, e prometem uma linha de produção para Bremen já no próximo ano.

O resultado imediato é um cupê esportivo de quatro portas de nome Isabella (um clássico na antiga Borgward), com desenho extremamente curvilíneo e imensa dose de tecnologia futurista.

Do Japão surge a Aspark, com o Owl -superesportivo elétrico de 429 cv- que segundo o fabricante será capaz de acelera de zero a 100 km/h em -literalmente estonteantes- 2 segundos, e alcançar a velocidade máxima de 280 km/h.

A Thunder Power, empresa sediada em Hong Kong, mas com fábrica em em Guangzhou, na China, com capacidade de produção de 100 mil veículos elétricos/ano e com planos para inaugurar um centro de desenho em Barcelona já no próximo ano. Em Frankfurt exibiu um sedã e um SUV em formato concept e com linhas próximas de produtos Hyundai/Kia.

A chinesa Great Wall anunciou a chegada da subsidiária WEY à Europa para 2019. Os planos apontam para um SUV híbrido (Hi4-hybrid) que deverá usar motor de 2 litros e quatro cilindros.

Também para 2019, naquilo que já começa a parecer uma invasão, está planejada a chegada do Chery Exeed TX Suv. Este modelo tem a particularidade de estarem sendo homologados globalmente para poderem entrar em todos os mercados e, de todos os asiáticos “novos” presentes, este era o que parecia estar em melhor posição de comercialização imediata.

Por fim, a Geely, proprietária da Volvo (ausente em Frankfurt), apresentou a mais recente atualização do projeto de táxi -depois da aquisição da London Taxi Company que deverá estender-se à Alemanha- com o TX eCity. A idéia passa pela construção de uma fábrica em Coventry, que colocará no mercado um modelo híbrido capaz de percorrer 130 km em modo elétrico e depois disso fazer uso de um motor 1.5 turbo de origem Volvo.


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