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Coreia do Sul aperta o cerco contra marcas alemãs

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Depois de, em abril último, ter devolvido à Alemanha 2500 unidades de modelos Volkswagen e Audi na sequência do caso das fraudes em emissões, a Coreia do Sul voltou a castigar as marcas alemãs, desta vez multa de US$ 63 milhões por violarem a legislação de emissões de poluentes naquele país.

 

Segundo a agência Reuters, a Coreia do Sul irá aplicar uma multa combinada de US$ 63,1 milhões à BMW, Mercedes-Benz e Porsche por violação das leis de emissões de CO2 e também por violação da lei aduaneira local, sob acusação de importação ilegal.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente sul-coreano, a BMW receberá multa de US$ 50 milhões por falsificação dos documentos relativos aos resultados dos testes de emissões e a não aprovação de mudanças nos sistemas de controle das emissões antes da venda dos seus veículos.

Os certificados de eficiência energética serão cancelados neste mês de novembro e as vendas de 28 modelos da BMW serão suspensas (os carros que já foram vendidos não serão afetados, afirmou o ministério).

Segundo a agência de notícias da Coreia do Sul, a Yonhap News Agency, a BMW Korea decidiu suspender voluntariamente a venda de sete modelos -MINI Cooper S Cabrio, MINI Cooper S, BMW M4 Convertible, BMW M4 Coupé, BMW M6 Gran Coupé, BMW M6 Coupé e BMW X1 xDrive 18d- após a investigação do governo, que começou em março.

O Korean Customs Service (a alfândega) descobriu ainda que o fabricante alemão não entregou, de 2012 até início de 2015, documentos adicionais às exigências aduaneiras sobre mudanças de componentes nos veículos.

 

Já a Mercedes-Benz e a Porsche receberão multas de US$ 6,6 e US$ 1,5 milhões, respetivamente, por não terem obtido aprovação para mudanças nos sistemas de controle de emissões antes da venda de automóveis.

A Mercedes-Benz defendeu que alguns dos 200 mil veículos exportados para a Coreia do Sul entre 2012 e 2017 foram declarados antes de serem aprovados ou informados sobre mudanças nos componentes, enquanto a Porsche assegura que a medida do ministério sul-coreano não terá impacto nos seus negócios (uma vez que a sanção diz respeito a mudanças nos componentes entre 2010 e 2015) e todos os carros vendidos agora estão devidamente certificados.


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