Classic Cars

11 modelos Renault Turbo de tirar o fôlego

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A Renault é uma das marcas que mais apostou na utilização dos motores equipados com turbocompressor, tanto nos motores a gasolina como a diesel. Por isso, a relação da marca com esta tecnologia começou no lugar certo: as pistas de competição. Comprovadas as vantagens do turbo sobre os motores aspirados, a Renault acumulou triunfos nas três mais importantes frentes do automobilismo:  Endurance, com a vitória na “24 Horas de Le Mans” de 1978 (com Didier Pironi e Jean Pierre Jaussaud); na Fórmula 1, com o triunfo de Jean Pierre Jabouille no GP de França de 1979, e nos Ralis, com Jean Ragnotti e Jean Marc Andrié no Renault 5 Turbo, na prova de Montecarlo de 1981. A passagem desse equipamento aos carros de rua foi quase natural.

AUTO&TÉCNICA destaca 11 exemplos de modelos Renault turbo inesquecíveis.

 

1) Renault Alpine 442B (1975-78)

 

 

O caro programa de Endurance da Alpine, iniciado em 1975, deu finalmente frutos em 1978, com a vitória na “24 Horas de Le Mans”. Depois do triunfo, a marca francesa concentrou-se na Fórmula 1.

Motor: V6 a 90º, 1997 cm3, injeção mecânica e turbo Garrett T05 e 500 cv a 9900 rpm. Transmissão: traseira, câmbio Hewland de cinco marchas. Peso: 720 Kg. Velocidade máxima de 350 km/h e 0-100 km/h em cerca de 3 segundos.

 

2) Renault RS01 (1977-79)

 

 

Inicialmente apelidado pelos maldosos de “bule de chá amarelo”, porque terminava a maioria das corridas fumegando na beira da pista, o RS01 foi o primeiro Fórmula 1 turbo. Alcançou uma pole position em 1979, antes de ser substituido pelo 02. Iniciou uma vitoriosa carreira na Fórmula 1

 

Motor: V6 a 90º, 1492 cm3, injeção mecânica e turbo Garrett, 525 cv a 11.400 rpm; Transmissão: traseira, câmbio Hewland FGA de cinco velocidades. Peso: 615 kg. Velocidade máxima de 320 km/h e 0-100 km/h em 3 s.

 

3) Renault 18 Turbo (1981-85)

 

 

Apresentado em 1978, o R18 foi o primeiro Renault convencional a receber um motor turbocomprimido, em 1980. A ideia era obter um modelo com desempenho acima da média e de baixa cilindrada (1565 cm3) Com um turbocompressor de pressão baixa, os 110 cv cumpriam bem a missão, permitindo 185 km/h. A partir de 1983, tinha 125 cv (atingindo 195 km/h).

Curiosidade: as rodas foram copiadas no Brasil e equiparam alguns modelos da Miura.

Motor: 4 cilindros em linha, 1565 cm3, turbo Garrett, 110 cv a 5000 rpm. Tração dianteira, câmbio de cinco velocidades. Peso: 1040 kg. Velocidade máxima de 185 km/h e 0-100 km/h em 11,8 s.

 

4) Renault 5 Alpine Turbo (1982-84)

 

 

Disponível em vários mercados apenas por encomenda, o R5 Alpine Turbo foi um dos pioneiros do movimento dos pequenos esportivos de tração dianteira, popularizado pelo VW Golf GTI. O motor, com muito fôlego a partir das 4000 rpm, permitia bons desempenhos diante da concorrência (30,7 segundos nas acelerações de 1000 metros, contra 31,2 s do Golf GTI 1.6, por exemplo).

Motor: 4 cilindros em linha, 1397 cm3, turbo Garrett, 110 cv a 6000 rpm. Tração dianteira, câmbio de 5 marchas. Peso: 947 kg; Prestações. Velocidade máxima de 188 km/h e 0-100 km/h em 9,7 s.

 

5) Renault Fuego Turbo (1983-85)

 

 

O Fuego partilhava a mecânica com o R18, mas a sua carroceria cupê o tornava mais interessante. Sucessor espiritual dos R15 e R17, o Fuego contava com motor de 132 cv, com mais inércia em baixas rotações e efeito “turbo” mais pronunciado e radical do que o R18. Com a moda dos GTI na época, os cupês populares perderam espaço e vendas. O tempo acabou por trazê-los de volta e mostrar que a Renault apostou cedo demais neste segmento, propondo inclusive, versões a diesel! Hoje os Fuego são raros.

 

Motor: 4 cilindros em linha, 1565 cm3, turbo Garrett, 132 cv a 5500 rpm. Tração dianteira, câmbio de 5 marchas. Peso: 1165 Kg. Velocidade máxima de 200 km/h e 0-100 km/h em 10 s.

 

6) Renault 5 GT Turbo (1986-91)

 

 

O “Enfant Terrible” da marca, com excelente comportamento dinâmico e motor muito forte, o R5 GT Turbo colocou a marca francesa na vanguarda dos pequenos esportivos na época. A qualidade de construção era ruim, mas ao volante ninguém liava para isso. A segunda fase de produção tinha mais potência (120 cv) e alguns acabamentos interiores e exteriores melhores.

Motor: 4 cilindros em linha, 1397 cm3, turbo Garrett, 115 cv a 5750 rpm. Tração dianteira, cinco marchas. Peso: 870 Kg; Velocidade máxima de 200 km/h e 0-100 km/h em 8 s.

 

7) Renault 11 Turbo (1984-87)

 

 

Com o radicalismo entregue ao R5 GT Turbo, o R11 Turbo estava posicionado para proporcionar uma abordagem mais madura: rapidez e conforto, sem abdicar de níveis de eficiência e segurança elevados. A partir de 1986 contava com 115 cv e 193 km/h. Teve bastante sucesso nos ralis, correndo no Grupo A.

 

Motor: 4 cilindros em linha, 1397 cm3, turbo Garrett, 105 cv a 5500 rpm. Tração: dianteira, câmbio de 5 marchas. Peso: 915 kg. Velocidade máxima de 186 km/h e 0-100 km/h em 9 s.

 

8) Renault 9 Turbo (1985-87)

 

 

Pensado como um modelo intermediário entre o 5 e o R11, o R9 Turbo era um modelo com crise de identidade. O Renault das “três frentes” –teve três opções estéticas na dianteira ao longo da sua vida de oito anos– tem todas as qualidades do Renault 11, exceto no desenho da traseira. Recebeu a evolução de 115 cv ao mesmo tempo que o Renault 11. 

 

Motor: 4 cilindros em linha, 1397 cm3, turbo Garrett T2, 105 cv a 5750 rpm. Tração dianteira, câmbio de 5 velocidades. Peso: 870 kg. Velocidade máxima de 186 km/h e 0-100 km/h em 9 s.

 

9) Renault 25 V6 Turbo (1985-92)

 

 

Outro Renault capaz de rivalizar em desempenho com modelos equivalentes da Alemanha, o R25 surgiu em 1983, substituindo os R20 e R30. Possuía uma carroceria com desenho bastante original, equipamentos futuristas (embora nem sempre com um funcionamento constante), CXx de 0,31, baixo consumo e preço em conta. O V6 Turbo passou, em 1990, a ter 205 cv (233 km/h). 

 

Motor: V6 de 2458 cm3, turbo Garrett, 182 cv a 5500 rpm. Tração dianteira, câmbio de 5 marchas. Peso: 1325 kg. Velocidade máxima de 228 km/h e 0-100 km/h em 7,7 s.

 

10) Renault 21 Turbo (1987-91) Quadra (1990-91)

 

 

Talvez o mais impressionante de todos estes modelos da Renault seja o 21 Turbo. Disfarçado de sedã familiar temos um verdadeiro esportivo, com muito fôlego, capaz de surpreender modelos mais recentes. O desempenho chegava a superar os valores apontados pelo construtor. O Fase 1 (até 1989) tinha qualidade de construção fraca. Com o Fase 2 chegou a versão Quadra (tração 4×4), mas em 1993, com a adoção de um catalizador, perdeu 13 cv. Assim, o Quadra pré-catalizador é a versão mais valorizada.

 

Motor: 4 cilindros em linha, 1995 c3,  turbo Garrett, 175 cv a 5500 rpm Tração dianteira (ou integral), câmbio de 5 marchas. Peso: 1190 kg.  Velocidade máxima de 228 km/h e 0-100 km/h em 7,5 s.

 

11) Renault Safrane Biturbo (1994-96)

 

 

Concebido como uma versão muito especial e de produção reduzida, este Safrane continua a ser referência como super sedã francês. Desde o Facel Vega Excellence, (com motor V8 Chrysler) que não havia um carro semelhante com mais de 250 cv. Soma-se a isso o nível de equipamento irrepreensível e qualidade de construção alta. Apresentava sistema de tração integral e excelente comportamento dinâmico. Com apenas 806 exemplares produzidos, obviamente é um carro muito raro.

 

Motor: V6 de 2963 cm3, dois turbos KKK, 268 cv a 5500 rpm; Tração integral, câmbio de 5 marchas. Peso: 1770 kg. Velocidade máxima de 250 km/h e 0-100 km/h em 7,6s.

 

 

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