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Dieselgate VW: marca corta US$ 1,2 bi de investimentos para 2016

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O Grupo Volkswagen anunciou cortes de US$ 1,2 bilhões no seu plano de investimentos do próximo ano. A decisão foi tomada na reunião do Conselho de Administração (composto por 20 membros), na qual foram discutidos cortes e planos orçamentais que se tornaram fundamentais após o escândalo das emissões de diesel falseadas, que acabou por abalar os resultados do fabricante.

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O grupo irá limitar ainda os seus gastos no que diz respeito a propriedades, fábricas e equipamentos na ordem dos US$ 14 bilhões em 2016, o que corresponde a uma redução de cerca de 8% em relação ao plano anterior de US$ 15 bilhões, conforme garantiu o conselho de supervisão da VW em comunicado.

Matthias Müller, o chefão, indicou que o projeto de construção de um novo centro de design planejado para Wolfsburg irá ser colocado em espera, economizando cerca de US$ 110 milhões, enquanto a nova linha de pintura do México permanece em estudos.

O tão prometido sucessor do Phaeton, que deverá ser 100% elétrico, será também adiado e é possível que a fabrica de Dresden, na Alemanha, onde o modelo é produzido, seja fechada

“Estamos num momento muito volátil e incerto, onde temos tentado reagir da melhor maneira que podemos. Contudo, iremos obviamente dar prioridade aos investimentos já planejados mas tudo aquilo que não seja extremamente necessário será imediatamente cancelado ou adiado”, explicou Muller, reforçando a ideia que já havia sido expressa anteriormente.

No que diz respeito a gastos, a VW promete que irá aumentar o seu investimento em tecnologias alternativas, como os modelos híbridos e elétricos, sendo que a verba indicada para isso aponta para os US$ 110 milhões.

Durante os últimos anos, a marca alemã vinha apresentando planos de investimento que englobavam projetos multi-anuais e muitos milhões de dólares. No entanto, o cenário de crise em que se meteu é outro, e por isso os números correspondem apenas a 2016 e não incluem departamentos como o de desenvolvimento e pesquisa, que curiosamente no ano passado estimou um gasto de US$ 92 bilhões entre 2015-2019. Além disso, convém lembrar que são 12 marcas e mais de 300 modelos diferentes que estão em jogo.

Bernd Osterloh, executivo do conselho da VW, adiantou ainda que algumas destas medidas serão revistas, como o caso da dispensa dos empregos temporários.

Segundo a imprensa europeia, analistas confirmaram que já haviam avisado a VW sobre os seus pesados investimentos, uma vez que as margens de lucro diminuiam e se distanciavam cada vez mais das marcas rivais. Para muitos, este escândalo pode ser visto como a oportunidade de gestão para que algumas mudanças internas tenham efeito a curto prazo.


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