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Escândalo VW: Ducati, Seat, MAN e Bugatti em risco

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Diante da avaliação de mais de US$ 30 bilhões jogados fora em custos com o escândalo das emissões, a Volkswagen poderá ter que considerar fazer uma ampla reformulação no império de 12 marcas construído nas últimas duas décadas e que envolve de tudo um pouco: desde carros baratos a motos e caminhões.

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Ainda que até um mês atrás a Volkswagen pudesse se dar ao luxo de sustentar divisões sempre em dificuldades financeiras, como Seat, Bugatti e os caminhões MAN com os enormes lucros vindos da Porsche e da Audi, agora cada moeda será necessária para tentar sobreviver aos custos da crise.

“A Volkswagen tem diversas marcas que entram na categoria ‘é bom ter’”, afirmou Stefan Bratzel, diretor do Centro de Gestão Automotiva da Universidade de Ciências Aplicadas, da Alemanha, que estima que o escândalo custará até US$ 35 bilhões à empresa. “A Bugatti, a Lamborghini e a Ducati também correm risco, pois não são fundamentais para a empresa em termos de lucros”.

O novo CEO do Grupo VW, Matthias Müller, admitiu que, embora não seja preciso uma revolução, alguns projetos não essenciais serão adiados ou cancelados para reduzir custos com o escândalo da fraude.

A Volkswagen já anunciou que, no continente europeu, há a necessidade de fazer recall de 8,5 milhões de veículos, sendo que as reparações terão início em janeiro de 2016, dependendo do modelo de motor. Müller disse que as consequências do escândalo custarão muito mais do que os US$ 7 bilhões que o fabricante reservou para despesas relacionadas com o caso.

Entre as marcas do Grupo VW, a que está em maior risco é a Seat. A marca espanhola não regista lucros desde 2007 e tem perdido terreno para a Skoda, que registou lucro operacional de US$ 550 milhões no primeiro semestre.


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