Jeep: qual o segredo da estrela no capô?
Existe uma razão muito especial para a clássica pintura dos modelos militares que os norte- americanos levaram para a Europa na II Guerra Mundial. Afinal, ao contrário do que muitos pensam, não foi por motivos estéticos que surgiu uma estrela pintada no capô dos Jeep Willys que ajudaram a acabar com o regime nazista.
Embora tenham incrível impacto visual, as estrelas pintadas no capô dos veículos militares das tropas americanas na Segunda Guerra tinham objetivo muito mais importante. Existe um segredo por trás da pintura de uma estrela nos veículos: serviam de alerta contra ataques químicos. Sabendo das absurdas práticas que mutilaram e tiraram a vida de milhares de militares durante o primeiro conflito mundial, por casa de diversos ataques químicos, quando o exército americano retornou à Europa para derrotar os nazistas, chegou bem prevenido.
Era obrigatório que a estrela nos Jeep estivesse pintada num local sempre visível para o motorista, já que ela era pintada com um material que reagia em caso de contacto com substâncias tóxicas. A tonalidade clara passava para um vermelho vivo quando era “contaminada” por substâncias nocivas, como era o caso do gás mostarda, muito usado durante a Primeira Guerra, capaz de provocar reações na pele e sistema respiratório. Além disso, também poderia alertar para outros tipos de gases habitualmente utilizados em ataques com armas químicas.
Por isso, era obrigatório renovar a pintura da estrela nos Jeep duas vezes por ano, ou sempre que ela começasse a perder a desbotar. Entre os cuidados, estava também mantê-la afastada de combustíveis. Ou seja, além de identificar a presença de militares, esta pintura era também uma espécie de amuleto para as tropas norte-americanas.
Não causa espanto que tenham sido produzidas quase 8 milhões de latas desta tinta durante a Segunda Guerra Mundial.