MELHOR QUE TODOS ?
Com boa participação no segmento de veículos pesados, Michelin apresentou produto com mais tecnologia e longevidade, para ganhar mercado brasileiro.
“Não se pode reinventar a roda”. Esta é a frase que grande parte das pessoas usa quando está diante de algo que pode ser melhorado, mas que exige muita criatividade e competência para que seja realizado. E esse é um caso que se aplica aos pneus.
Nada parece ser alterado além dos desenhos. Milhares de dúvidas pairam sobre a cabeça do consumidor na hora de comprar um pneu novo: como escolher o pneu certo, qual dura mais, qual é a melhor marca ? São apenas alguns exemplos.
De acordo com pesquisas, a tendência é que o proprietário reponha os pneus de acordo com os que já vieram instalados de fábrica. Mas nem sempre esta é a melhor decisão. Pode ser que a localidade que o veículo mais trafega, exija um pneu que tenha mais aderência ou durabilidade em estradas de terra, ou seja, apesar de ser um comportamento habitual a troca pelo da mesma marca, cada caso é um caso.
E de olho no mercado automotivo brasileiro que cresce a cada dia, a Michelin, empresa francesa com grande participação no segmento de pneus para vans, ônibus e caminhões, apresentou um novo pneu para veículos de passeio.
Trata-se do novíssimo Michelin Energy XM2, que segundo a empresa, apresenta mais durabilidade e flexibilidade, menos desgaste e melhor frenagem que seus concorrentes, apresentando o conceito IronFlex. Além disso, diversos testes foram feitos nos países sul americanos e no Caribe, para adequar o pneu à topografia e a qualidade do asfalto.
O ponto de partida para este projeto foi o bambu, porque tem enorme poder de envergadura e moldagem, sem quebrar-se. Observando esta característica, a Michelin optou por desenvolver flancos mais flexíveis, e reforçar a estrutura interna, mas preservando a flexibilidade da borracha.
O tradicional boneco da Michelin esteve presente na coletiva de imprensa, enquanto a empresa exibiu um vídeo que mostrou um veículo passando acidentalmente por uma vala, e que em câmera lenta foi possível ver que com a força do impacto, a roda quase chegou a tocar o solo, mas o pneu nada sofreu. Isso é possível, pois a banda de rodagem possui a tecnologia Micro Adaptive, que se molda às imperfeições do solo, absorve e dissipa os impactos por toda a estrutura do pneu, não apenas no local da pancada.
A Michelin ainda apresentou o resultado de testes feitos entre o novo pneu Energy XM2 e produtos similares das concorrentes. A comparação foi feita durante 40 dias, enquanto veículos iguais, utilizavam o pneu da mesma categoria, mas de empresas diferentes. Nesse período, os veículos trafegaram em comboio entre o bairro de Campo Grande na zona oeste da capital fluminense, e Itatiaia, que fica próximo ao Vale do Paraíba. São 520km de distância (ida+volta).
Os números (auditados pelo instituto alemão de certificação automotiva TUV SUD e pela instituição Vanzolini, criada, mantida e gerida pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), mostraram que o rendimento do novo pneu da Michelin era 26,9% melhor, ou seja, desgastou-se quase 30% a menos que os pneus de Pirelli, Firestone, Goodyear e Continental.
Mas era preciso provar. E então a Michelin levou os jornalistas convidados até um kartódromo, onde pudemos acompanhar e fazer alguns testes para comprovar a eficiência do novo pneu.
O primeiro teste era uma frenagem de emergência. Os pilotos da Michelin vinham dirigindo dois Citroën C3, um com pneus Michelin e outro com Goodyear, acelerando numa reta bastante molhada a 80 km/h, e ao passar em determinado ponto, marcado por um cone no chão, eles freavam. Havia colegas jornalistas no banco do passageiro dos dois carros acompanhando todos os testes, e em todas as vezes, o pneu Michelin brecou antes. A média foi de 4,5 metros a menos que o concorrente. Para se ter idéia do que isso representa, o tamanho padrão de uma faixa de pedestres é de dois metros.
Não estava no cronograma, mas depois dos testes, solicitamos que os pneus fossem trocados. Gentilmente, a Michelin atendeu. O carro que estava com pneus Michelin ficou com os da Goodyear, e o veículo que estava com os pneus Goodyear ficou com os Energy XM2. Novamente os números da Michelin foram melhores, mas já não demonstraram tanta superioridade, caindo da ótima média 4,5 para dois. Segundo os engenheiros da Michelin, este fato se justifica pelo desgaste do pneu e também pelo ajuste da troca, uma vez que é necessário fazer alinhamento, balanceamento e cambagem. Fica o depoimento que realmente, as frenagens efetuadas no teste foram repetidamente fortes.
Posteriormente, todos os jornalistas puderam dirigir os veículos equipados com o Energy XM2 e testar algumas características do produto. Alguns colegas afirmaram que perceberam melhor maciez, outros concordaram conosco, dizendo que não houve percepção de melhora ou piora, pois para esta característica é necessário um teste com mais tempo de rodagem e mais situações de condução.
De qualquer forma, o comportamento do pneu foi muito bom, principalmente nas curvas de alta velocidade, que estavam propositalmente encharcadas.
Atualmente, a Michelin tem participação de 2% no mercado brasileiro, tratando-se apenas de veículos de passeio e reposição (quando o pneu é comprado para substituir o que já estava no veículo). Mas com a ampliação da fábrica de Resende (RJ) e com o novo produto Energy XM2, a expectativa da Michelin é alcançar 5 % de share, enquanto acordos com montadoras são discutidos. Hoje, alguns modelos da Citroën, Peugeot, Renault e Ford saem equipados com pneus Michelin de fábrica.
O Michelin Energy XM2 tem as medidas de 175/65 R14 e o valor de R$ 250,00, enquanto sua comercialização começará em abril de 2012.