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Movido a lixo? Novo Bertone GB110 tem 1100 cv

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O hiper-carro Bertone GB110 registra a volta da marca italiana ao mercado e traz, entre outros, motor que se destaca por ser movido a combustíveis sintéticos, extraídos do lixo, por exemplo. Muito segredo ainda envolve o projeto, mas sabemos que serão produzidas apenas 33 unidades.

por Marcos Cesar Silva

A Bertone deve ser descendente de gatos, pois tem pelo menos tem sete vidas e nunca desaparece de vez. Após vários períodos conturbados na sua história, renasce no mercado agora com o hiper-esportivo Bertone GB110, para comemorar os 110 anos de existência.

O GB110 se apresenta ao mundo com 1100 cv de potência e 110 mkgf de torque, máximos. Um dos segredos do projeto é justamente esse motor, que continuamos sem saber do que se trata. Só apuramos que é a combustão, pode ser levado às 8400 rpm e está acoplado a uma caixa de câmbio de sete velocidades. Manual ou automática? Está aí outro segredo…

O pouco que se sabe é que o modelo terá tração nas quatro rodas. A Bertone revelou ainda que o desenvolvimento do chassi e suspensões foi baseado em componentes de um fabricante alemão, mas não indicou qual.

Bertone GB110 vista traseira 3/4
O nome do GB110 é autoexplicativo para quem é do ramo. “GB” é uma referência a Giovanni Bertone, o fundador da empresa italiana. Já o “110” refere-se aos 110 anos da Bertone.

Apesar de todos os mistérios e segredos em torno do GB110, a Bertone revelou alguns números. E não resta dúvida: estamos mesmo falando de um hiper-carro. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 2,79s, os 200 km/h são alcançados em 6,79s e os 300 km/h em 14s. Já a velocidade máxima é pouco acima dos 380 km/h.

Números que impressionam quem gosta de velocidade, mas o maior ponto de destaque do Bertone GB110 é o combustível que o alimenta.

Seria um motor movido a lixo? Lembra de imediato o DeLorean do “De Volta para o Futuro” que também usava lixo como combustível para o condensador de fluxo. Claro que não é como funciona o Bertone GB110, mas a brincadeira é inevitável.

Segundo a Bertone, o GB110 foi projetado para consumir combustíveis sintéticos produzidos a partir de resíduos de plástico que, normalmente, iriam parar a uma lixeira ou na natureza. Garrafas PET, por exemplo.

Para ter estes combustíveis disponíveis, a Bertone associou-se à Select Fuel, com sede nos Estados Unidos. Esta empresa desenvolveu uma tecnologia para converter materiais de policarbonato em combustível renovável.

Acreditamos que a despoluição vai exigir soluções diferentes com várias tecnologias. Os resíduos de plástico têm de criar valor acrescentado e ser tratados como um recurso valioso. Com esta parceria pegamos no que era lixo e devolvemo-lo à sua forma original.” Jean-Franck Ricci, diretor executivo da Bertone.

Isto significa que quando compramos o GB110, também poderemos comprar de alguma forma o combustível que o alimenta, apesar da Bertone não ter ainda adiantado nada sobre como isso acontecerá.

A única certeza da Bertone é que ela vai produzir apenas 33 unidades do GB110, sem marcar a data. Contudo, a marca italiana não revelou ainda quando pretende iniciar a produção do seu hiper-carro muito menos quanto custará.


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