Ressuscitado em 2016, Ford GT está com os dias contados
Lançada em 2016, como forma de comemorar a primeira vitória do GT40 na “24 Horas de Le Mans”, a atual geração do Ford GT subiu no telhado: deixará de ser produzida em dezembro próximo. O superesportivo da Ford, nascido para a competição, despede-se com a certeza de ter dado sequência a uma história de sucesso.
por Ricardo Caruso
Com um início de carreira fulminante, tendo vencido Le Mans, competição para a qual foi concebido no seu primeiro ano de existência, o atual Ford GT deixará de ser produzido no final de 2022. Esta geração do esportivo americano foi lançada em 2016 e ganhou, logo no primeiro ano, a “24 Horas de Le Mans”, com os pilotos Sébastien Bourdais, Joey Hand e Dirk Müller ao volante. Em 3º lugar, ficou outro Ford GT, numa corrida que reacendeu a rivalidade entre a Ferrari e a Ford.
O Ford GT entra, agora, na fase final de produção das últimas 250 unidades, antes da sua efetiva despedida. Quando isso acontecer, a Multimatic, empresa canadense que fabrica o superesportivo para a Ford, terá concluído a produção total de 1350 unidades do modelo.
A carreira do GT40 (cujo nome se devia à altura do modelo, 40 polegadas) que deu origem à série começou a ser escrita quando a Ford, impressionada pelo grande sucesso da Ferrari em Le Mans, nos anos 1950 e 1960, tentou comprar o fabricante italiano. A negociação quase deu certo, mas não aconteceu, e depois disso a Ford fez tudo o que estava ao seu alcance para conseguir bater a Ferrari nas pistas.
Após anos de trabalho intenso e de um início pouco promissor, a Ford conseguiu finalmente superar a Ferrari e consolidar-se como verdadeira lenda em Le Mans, com a ajuda de talentos como Carol Shelby, Ken Miles, Bruce McLaren ou Mario Andretti.
O GT40 conseguiu ainda ganhar as edições de 1967, 1968 e 1969, mesmo tendo sido obrigado nos dois últimos anos a abandonar o motor V8 de 7 litros com que contava originalmente.
Ainda não há informação sobre uma possível nova geração do modelo.