Para muitos, uma aberração. Para outros, uma necessidade. Entre doses exageradas de amor e ódio, a segunda geração do Ford Mustang -comercializada como Ford Mustang II- era um carro médio, de duas ou três portas, cupê ou sedã, com espaço para quatro ocupantes, ainda mantendo a agradável fórmula de motor dianteiro/tração traseira, comercializado pela marca de 1973 até 1978. Foi lançado há 50 anos, em setembro de 1973 (como modelo 1974). O Mustang II, ou “Mustanguinho”, deu sorte e chegou como uma alternativa à crise do petróleo de 1973 e a inevitável escassez de combustível. O carro foi desenvolvido antes da crise pelo genial Lee Iacocca, e era um “tipo inteiramente novo de pony car“. A Ford decidiu chamá-lo de Mustang II, uma vez que em comum com o Mustang original tinha apenas o nome e o fabricante. Foi projetado para atingir outra camada de público e acabou enfrentando a era de altos preços dos combustíveis, justamente o que encerrou a carreira dos muscle cars.
por Ricardo Caruso
Aqui começam as mudanças. Quando o Mustang II chegou, o emblema do para-lama com três barras foi retrabalhado para o algarismo romano “II” e o cavalo foi redesenhado, com a cabeça mais ereta e cauda mais reta.
Como substituir um carro de sucesso estrondoso do quilate do Mustang não era tarefa fácil, muitas ideias foram apresentadas à direção da Ford. Algumas felizmente não foram adotadas, e aqui você pode acompanhar com AUTO&TÉCNICA diversos conceitos do Ford Mustang II, talvez o mais desprezado dos Mustang, todas as fotos fazem parte do arquivo da Ford Motor Company. Depois de se tornar presidente da Ford em 10 de dezembro de 1970, Iacocca ordenou o desenvolvimento de um Mustang menor para ser lançado em 1974. Os planos iniciais previam um Mustang de tamanho reduzido baseado no compacto Maverick, semelhante em tamanho e potência ao Falcon, que usava a base do Mustang original. Esses planos foram depois descartados, em favor de um Mustang ainda menor, baseado no sub-compacto (no padrão americano) Ford Pinto.