A barreira dos 500 km/h em um automóvel foi finalmente batida. O carro mais rápido do mundo é agora o Tuatara, da SSC North America (SSC significa Shelby Super Cars). Foram necessários 15 satélites para aferir a velocidade máxima medida no sistema de GPS. Assim, o Koenigsegg Agera RS já não é o carro mais rápido do planeta, considerando apenas modelos de produção. Os 447,19 km/h do modelo sueco foram largamente batidos pelo novo recordista mundial de velocidade, o SSC Tuatara.

Na mesma estrada, a State Route 160, em Las Vegas, Nevada, Estados Unidos, onde em novembro de 2017 o Agera RS fez história, agora foi a vez do SSC Tuatara busca a sua marca.

A tentativa para estabelecer novo recorde para carro de produção mais rápido do mundo aconteceu no dia 10 de outubro, com o piloto Oliver Webb ao volante do sucessor do SSC Ultimate Aero, modelo que em 2007 detinha este recorde.

Para que o recorde de velocidade num carro de produção seja validado, há vários critérios que devem ser respeitados. O carro tem de ser homologado para utilização nas vias públicas, o combustível não pode ser de competição e até os pneus devem ser homologados uso “normal”.

Mas os critérios para o estabelecimento deste recorde não ficam nisso. São necessárias duas passagens, em sentidos opostos. Da média das duas passagens é que resulta a velocidade que deve ser levada em consideração.

Apesar dos fortes ventos laterais no dia da medição, o SSC Tuatara registrou na primeira passagem 484,53 km/h e, na segunda passagem, absurdos 532,93 km/h(!). Assim sendo, o novo recorde mundial é de 508,73 km/h.

Segundo Oliver Webb, ainda era possível fazer algo melhor: “o carro continuava a progredir com disposição”.

Nessa, houve ainda mais recordes batidos. O SSC Tuatara é agora o carro de produção mais rápido do mundo também na “primeira milha lançada”, registando 503,92 km/h. E é também o carro mais rápido do mundo no “primeiro quilômetro lançado”, com um registro de 517,16 km/h.

Desnecessário dizer que o recorde de velocidade máxima absoluta também pertence agora ao SSC Tuatara, graças aos já citados 532,93 km/h.

Em comunicado, a SSC North America destacou que, para registrar esta tentativa de recorde, foi usado um sistema de medição por GPS com acesso a 15 satélites, e todos os procedimentos foram verificados por dois fiscais independentes.

Debaixo do capô do SSC Tuatara, encontramos um motor 5.9V8, capaz de atingir os 1770 cv de potência máximo quando alimentado com E85, gasolina (15%) e etanol (85%). Já quando o combustível utilizado é “normal”, a potência desce para ainda assim assustadores 1350 cv.

A produção do SSC Tuatara está limitada a 100 unidades, e os preços iniciam-se nos US$ 1,6 milhões, podendo subir para os US$ 2 milhões caso se opte pelo “High Downforce Track Pack”, que aumenta o “downforce” do modelo.

A estes valores —caso alguém esteja interessado em trazer um para o Brasil— não esqueça de somar ao preço os nossos impostos. Talvez aí se consiga atingir outro recorde. Muito menos desejável, claro.