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CHINA: VW E GM BRIGAM PELA LIDERANÇA

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Ao que tudo indica o Grupo Volkwagen pode regressar, depois de nove anos, à liderança no mercado chinês de automóveis. A empresa alemã pode ultrapassar a General Motors, que tem sido a maior fabricante estrangeira de automóveis na China na última década.

As duas empresas já superaram seus objetivos de vendas para 2013, com mais de 3 milhões de veículos entregues naquele país, maior mercado do mundo. A Volkswagen tem liderado desde o início do ano o mercado, com diferença de cerca de 70 mil unidades, e foi a primeira a atingir a marca de 3 milhões. A General Motors não está muito longe, já que uma semana depois atingiu o mesmo volume.

A competição promete continuar intensa entre a Volkswagen e a General Motors, já que as empresas anunciaram investimentos pesados na China, no momento em cada vez mais cidades estão estudando restrições para reduzir a poluição.

VOLKSWAGEN

A Volkswagen já garantiu que até 2018 serão feitos investimentos na China para aumentar ainda mais a capacidade produtiva das marcas do grupo naquele mercado. As vendas este ano aumentaram 17%, atingindo 2.96 milhões de unidades no final de novembro, com a marca Volkswagen vendendo 80% destes veículos; o restante é da Audi.

Jochem Heizmann, CEO da Volkswagen China, explicou que a empresa ainda tem problemas de capacidade produtiva na China e que isso impede o aumento mais significativo das vendas no país. É esse problema que leva a empresa a continuar investindo naquele mercado. No próximo ano a Audi, a marca premium mais vendida na China, vai lançar o novo A3, que será produzido internamente, e também uma nova versão do A4. Outros modelos previstos incluem o novo VW Bora e o Skoda Octavia

GENERAL MOTORS

Apesar das grandes mudanças na liderança que vão acontecer em 2014, o mercado chinês vai continuar a ser prioridade para a General Motors, que pela primeira vez será liderada por uma mulher, Mary Barra.

A empresa acredita que tem sido a falta de lançamento de veículos novos que tem limitado o crescimento das marcas da empresa na China. Desta forma, a GM está programando o lançamento de quatro novos modelos Chevrolet naquele país no próximo ano. Já a marca low-cost Baojun também vai aumentar o seu portfólio, com o lançamento de um hatchback compacto e de um MPV.

Atualmente a GM está representada no mercado chinês pelas marcas Buick, Chevrolet, Cadillac, Opel, Baojun e Wuling.

CONCORRÊNCIA

Com as previsões de continuidade do crescimento do mercado chinês e das incertezas no mercado europeu, cada vez mais marcas querem destaque no mercado automóvel do país. Uma das empresas em forte ascensão é Jaguar – Land Rover, cujas vendas cresceram 28% nos primeiros 11 meses do ano, chegando a insonháveis 83.499 veículos, graças em especial à demanda pelo Range Rover Sport e Evoque.

No próximo ano a empresa vai começar a produzir veículos na China, o que vai permitir reduzir o imposto de importação de automóveis, que é de 25%.

A Fiat também espera voltar a produzir na China, depois de ter parado a fabricação em 2006. A empresa pretende começar a produzir veículos Jeep, de forma a combater os fracos resultados na Europa e alavancar os seus resultados financeiros.

A atual proprietária da Volvo, a Geely, tem sido forte aliada na expansão da marca na China. Depois de uma fase de incertezas quanto ao futuro da marca sueca, a Volvo está de volta ao crescimento, e só na China as vendas aumentaram 45% em 2013, e as previsões para o próximo ano apontam novo aumento, impulsionado pelo S60L.

A Ford conseguiu este ano ultrapassar a Toyota no ranking das marcas mais vendidas, graças ao lançamento dos modelos SUV EcoSport e Kuga. Até ao final de novembro as vendas na China aumentaram 51%, chegando ao recorde de 840.975 veículos. O Focus foi muito importante neste resultado, pois foi o veículo mais vendido na China em 2013.

A Toyota continua se reuperando dos efeitos de uma disputa territorial entre China e Japão, que paralisou sua produção. Mesmo assim cresceu 8% este ano, tendo vendido 809.000 unidades. A procura por modelos mais ecológicos, para combater a poluição e emissões de CO2 nas grandes cidades chinesas, pode favorecer a marca, reconhecida pela sua linha de veículos híbridos.

 


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