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US$ 40 milhões: BMW multada nos Estados Unidos

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Por lá não tem conversa fiada. A BMW foi multada nos Estados Unidos porque se atrasou no recall de 30 mil Mini. Valor do castigo? US$ 40 milhões.

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A marca alemã reconheceu o erro e aceitou, após negociação com a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), pagar US$ 40 milhões de multa pelo não cumprimento de uma ordem da NHTSA para o recall de 30 mil unidades do Mini.

A investigação da NHTSA levou à ordem para a BMW reparar 30.456 unidades do Mini vendidas entre 2014 e 2015, no prazo de cinco dias após a notificação do problema de segurança encontrado por aquele organismo nos referidos modelos.

A Mini tentou enrolar e só fez o recall dos modelos em julho deste ano, muito meses depois da condenação da NHTSA e de ter anunciado, em outubro de 2014, uma ação “voluntária” de recall das mais de 30 mil unidades do Mini que foram vendidas nos Estados Unidos.

No final das contas, a BMW vai pagar US$ 10 milhões em dinheiro, gastar outros US$ 10 milhões na operação de recall e solução do problema, ficando US$ 20 milhões retidos e que deverão ser pagos imediatamente caso a marca não cumpra com futuras ordens da NHTSA ou se violar leis de segurança dos Estados Unidos. Bom lembrar que esta é a segunda vez em três anos que a BMW é multada nos Estados Unidos. Na primeira vez teve de pagar multa de US$ 3 milhões.

O Mini foi submetido, em outubro de 2014, aos crash tests da NHTSA e falhou. A BMW argumentou que o peso homologado para o Mini estava incorrecto e que isso levou ao fracasso nos testes. A marca aceitou recolher todos os veículos afetados para corrigir o peso homologado do veículo e fazer uma modificação para adicionar proteção lateral aos modelos.

O Mini então passou por novo teste em julho deste ano, e voltou a falhar, tendo a NHTSA descoberto que a BMW não tinha feito a mudança nos carros e muito menos o recall. A marca alemã reconheceu, também, que em outras situações falhou ao notificar os seus clientes sobre recalls ou ações de revisão desde 2012. Naturalmente que a NHTSA iniciou investigação em setembro, que chega agora ao fim com a penalização pesada da BMW.

E não é só. A BMW foi ainda condenada pela NHTSA a ter como funcionário um consultor de segurança independente, aprovado pela NHTSA, para assim a poder estar de acordo com as regras norte-americanas. A marca terá ainda que lançar um programa para avaliar se os dados recolhidos podem ter influência nas questões de segurança e submeter relatórios à NHTSA sobre as práticas de segurança do BMW Group.

As concessionários BMW foram proibidos de vender modelos que estejam envolvidos nesta campanha de recall. Isto porque os investigadores da NHTSA conseguiram comprar no mercado um Mini envolvido no problema.

Num comunicado emitido após a condenação, a BMW explicou que “a empresa está comprometida com um esforço vigoroso para melhorar os seus procedimentos de recall de veículos em caso de necessidade, de forma a atender melhor os seus consumidores. A BMW North America respeita a NHTSA e espera, no futuro, trabalhar com aquele organismo para desenvolver soluções para o futuro”.


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