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Grafeno, o material do futuro, começa a ser usado em automóveis

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Você ainda se admira com a fibra de carbono? Esqueça, isso é coisa do passado (apesar de nem ter desembarcado direito aqui no Brasil como aconteceu em outros países). O material que está causando alvoroço hoje em dia é o grafeno. Deve revolucionar todas as tecnologias futuras, inclusive o automóvel. O grafeno é composto de átomos de carbono arranjados em hexágonos fortemente ligados com apenas um átomo de espessura. Três milhões de folhas de grafeno uma sobre a outra teria um milímetro de espessura, com alto grau de resistência e flexibilidade.

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Essa estrutura foi teorizada e calculada pela PR Wallace em 1947, embora para ele a existência desse material no mundo real era considerado impossível. Em 2004, Andre Geim e Konstantin Novoselov demonstraram que as camadas individuais podiam ser isolados, resultando em receberem o Prêmio Nobel de Física em 2010.

O grafeno um bom condutor térmico e elétrico e pode ser usado para desenvolver circuitos semicondutores e peças de computador, TVss e smartphones. Testes demonstraram que ele pode ser incrivelmente resistente, muito mais que a fibra de carbono.

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O grafeno foi apresentado como “a próxima grande revolução tecnológica” antes mesmo de seus pioneiros ganharem o Prêmio Nobel. Muitos acreditam que poderá significar em curto espaço de tempo o fim de silício e mudar o futuro dos computadores e outros dispositivos.

O grafeno, um dos materiais mais resistentes jamais produzido, começou a ser aplicado no revestimento anticorrosivo de estruturas metálicas. Por suas propriedades físico-químicas. é uma alternativa não-tóxica aos revestimentos tradicionais de estruturas de aço.

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A fabricante de automóveis esportivos de nicho, a BAC, tornou-se a primeira empresa em nível mundial a desenvolver um automóvel com painéis concebidos em grafeno, material levíssimo e inovador, que reduz o peso geral do veículo e aumenta a sua rigidez. Esta solução resulta da parceria entre a BAC e a Haydale Composite Solutions, para a criação paralamas das rodas traseiras concebidas em grafeno, sendo aplicado no Mono, um monoposto para competição, mas também homologado para circulação na via pública. O Mono é praticamente um Fórmula 1 de rua.

Como vimos antes, o grafeno é um compósito feito de lâminas de carbono, com a espessura de um átomo, sendo significativamente mais leve do que a fibra de carbono e mais resistente. De acordo com a BAC, o grafeno pode possibilitar redução de peso de até 20%, embora seja cerca de duas vezes mais resistente que o aço.

Estes benefícios podem ter implicações positivas em termos de custos, desempenho e eficiência dos motores caso a sua aplicação no processo de produção seja massificada.

A BAC decidiu pelo uso do grafeno in incialmente nos paralamas traseiras, devido ao seu tamanho e complexidade deste componente, pretendendo desenvolver o processo de produção e a forma como o material é inserido no carro.


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