LANÇAMENTO: já aceleramos o novo Fiat Argo Trekking 1.3

A Fiat criou no Brasil o segmento dos carros com visual aventureiro há cerca de 20 anos, quando apresentou a bem sucedida Palio Weekend Adventure. Por isso, não seria nenhuma novidade se algum dos carros da atual geração (Mobi, Uno ou Argo), ganhassem uma opção desse tipo. E chegou. O escolhido foi o Argo, que recebeu o sobrenome Trekking. O carro é feito com base na versão Drive com motor de 1.3 de 101/109 cv (gasolina/etanol). Versões Trekking já foram usadas nas picapes Fiorino e Strada e na Palio Weekend.

O Argo Trekking é disponível apenas com câmbio manual e tem preço de R$ 58, 9 mil. Esse valor é cerca de R$ 2,5 mil maior que o do Drive, o que se explica pelo maior conjunto de equipamentos de série, como central multimídia e faróis de neblina. Segundo a Fiat demonstrou na apresentação dos carros aos jornalistas especializados, trata-se do modelo mais barato da categoria: o Chery Tiggo 2 (1.5, 110/115 cv) custa R$ 60,5 mil; Onix Activ (1.4, 98/106 cv) custa R$ 60,8 mil; HB20X S(1.6, 122/128 cv), R$ 62, 3 mil; Sandero Stepway (1.6 litro, 115/118 cv), R$ 64 mil; Ka Freestyle (1.5 litro, 128/136 cv), R$ 64 mil e o JAC T40 (1.5 litro, 125/127 cv) e R$ 66,5 mil, todos com câmbio manual.

 

 

Para transformar o Argo numa versão mais aventureira, a Fiat aplicou as mesmas rodas de alumínio usadas no Cronos Drive, mas calçadas com pneus Pirelli Scorpion ATR 205/60-15, e molduras plásticas laterais do Argo HGT. A altura livre do solo (210 mm, a maior do segmento), as barras longitudinais no teto, adesivos decorativos e teto, retrovisores e spoiler traseiro pintados de preto.

A primeira impressão é de que o “pacote” Trekking deixou o Argo mais encorpado e atraente. Para os fãs do carro, não vai desagradar em nada. Por dentro, os revestimentos dos bancos são pretos, com o logo bordado nos encostos e pespontos em laranja, sabe-se lá porque a cor que identifica os “aventureiros”, como o vermelho indicava os esportivos antigamente.

Forro do teto e das portas também são pretos e há alguns detalhes cromados no painel. Fora isso, você está à bordo de um Drive, o que não é mau negócio. A central multimídia  Uconnect é item de série no Trekking, com sua tela de 7 polegadas e conexão do celular com Android Auto e Apple Car Play. De acordo com pesquisa da própria Fiat, o desenho do carro, a central multimídia e a economia de combustível são os maiores atrativos do Argo junto aos compradores.

Na parte mecânica, o motor 1.3 Firefly de duas válvulas por cilindro não sofreu alterações, mas a relação do diferencial foi reduzida em 4,7%, para  compensar o aumento de diâmetro dos pneus em 4% (foi de 185/60-15 para 205/60-15). As suspensões exigiram mais atenção, onde amortecedores e molas foram recalibrados, com a carga dos amortecedores maior que a do Drive entre 5% e 20%, com maior restrição nos movimentos mais lentos, e os pratos de mola foram elevados para manter os ângulos corretos dos braços de controle. A assistência da direção elétrica foi revista e o vão livre para o solo cresceu 40 mm (22 mm pela suspensão e 18 mm pelos pneus). 

 

Na apresentação aos jornalistas especializados, uma rápida avaliação serviu para relembrar as boas qualidades do Argo, e conhecer a boa disposição do powertrain (motor e câmbio), a suspensão e direção bem acertadas e a correta calibração do conjunto para sua proposta aventureira. Faz falta apenas o controle eletrônico de estabilidade, não disponível nem como opcional, sendo que o Argo 1.0 tem esse recurso na sua lista de opcionais. 

CONCLUSÃO

 

Com interessante posicionamento de preço, o sucesso está garantido, e a Fiat estima que ele seja responsável por até 15% das vendas do Argo. Know how para isso a marca tem, retrabalhando a receita para o segmento que ela própria criou. O Trekking é encorpado, vistoso, chamativo e repleto de qualidades, herdadas dos outros Argo. Vai cumprir bem seu papel.

 

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