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Brasileiro Carlos Ghosn cobra mais de R$ 5,8 bilhões da Nissan

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O brasileiro e ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, está processando a sua antiga empresa e empregadora em mais de um bilhão de dólares, em ação apresentada ao procurador-geral do Líbano no mês passado, de acordo com uma cópia da denúncia que chegou à agência de notícias Reuters.

por Ricardo Caruso

O processo foi aberto em 18 de maio último e acusa a Nissan, junto com outras duas empresas e 12 pessoas devidamente identificados, de crimes como difamação, injúria, calúnia e fabricação de provas físicas falsas. Fonte judicial adiantou que o procurador já agendou uma sessão de julgamento para 18 de setembro, para dar início ao processo.

O executivo, nascido no Brasil, pede US$ 588 milhões em indenização por perdas ligadas ao processo e mais US$ 500 milhões em medidas punitivas. Desse modo, o pedido chegaria ao equivalente a US$ 1,580 bilhões, o R$ 5,230 bilhões.

Um porta-voz da Nissan, consultado pela Reuters, disse que a empresa não comentaria o assunto. Ghosn, que já foi o principal executivo da indústria automotiva em nível global, foi preso no Japão no final de 2018 e acusado de má conduta financeira. Ele negou a acusação e disse que sua detenção era parte de um complô de executivos da Nissan para bloquear uma fusão programada com outra montadora. Ele escapou do Japão escondido em uma caixa de instrumento musical a bordo de um jato particular em dezembro de 2019, fugindo para o Líbano, seu país de infância.

Ghosn aguardava julgamento no Japão sob acusações de sub-notificação de lucros, quebra de confiança e desvio de fundos da empresa, que ele sempre negou. Ao chegar ao Líbano, Ghosn disse que estava escapando de um sistema judicial “manipulado” no Japão e que pretendia limpar seu nome. Pelo jeito, quem vai fornecer o sabonete para isso vai ser a eternamente sorumbática Nissan, a peso de ouro…


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