Para a VW, Virtus é muito mais que o Polo sedã
O novo VW Virtus, subcompacto de quatro portas -o sedã do Polo- vai disputar compradores no segmento de maior volume de vendas do Brasil, o principal mercado da América Latina. Mais que um Polo sedã, é peça fundamental na estratégia da marca para recuperar a liderança na região.
O lançamento do Virtus faz parte da ofensiva de produtos da Volkswagen no Brasil, que pretende recuperar o terreno perdido nos últimos anos para rivais como a Fiat ou a Chevrolet. Um dos objetivos para isso é reduzir a idade média do cliente em pelo menos cinco anos, até 2020, para o que serão importantes os novos modelos que a marca tem programado para a América do Sul.
O Virtus é um sedã de quatro portas que tem como base o subcompacto Polo, com um belo desenho que lembra os cupês. Tem 4,84 metros de comprimento e traz novos padrões para o seu segmento, em termos de tecnologia, conectividade, conforto e espaço interno, graças à boa distância entre-eixos de 2,65 m, com capacidade para acomodar cinco passageiros e 521 litros de bagagem.
Na semana passada, a VW anunciou que vai investir cerca de US$ 600 milhões na Argentina, para a produção de um novo mini SUV, que será também vendido no Brasil. “A renovação do nosso portfolio de produtos mo Brasil é absolutamente essencial”, explicou Herbert Diess, chefão da marca Volkswagen, numa conferência da Automobilwoche, que aconteceu em Berlim.
O Brasil era um dos cinco maiores mercados automóveis do mundo até ser assolado pela crise que começou em 2014, e mantém-se como uma das principais bases de operações para a Fiat, Chrysler, Jeep, Chevrolet, VW e Ford.
A ofensiva brasileira da VW prevê investimento de US$ 2 bilhões até 2020, e o lançamento de 20 novos modelos, dos quis 13 serão produzidos aqui no Brasil, alargando as linhas da marca para segmentos cruciais do mercado.
“Estamos avançando na América Latina, e renovando a nossa linha passo a passo. Depois da apresentação do Polo, o Virtus é mais um modelo importante para recuperarmos a liderança na região”, adiantou Pablo Di Si, chefão da Volkswagen no Brasil e na América do sul.
“Nos próximos anos vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para trazer de novo a VW para e liderança do que é o maior mercado da América do Sul”, promete Jürgen Stackmann, executivo da marca Volkswagen, responsável pelas vendas.
O Brasil é, junto com os Estados Unidos e Rússia, um dos grandes mercados com que a VW conta para recuperar a sua rendibilidade. Os três mercado contribuem hoje apenas com 19% para os resultados da empresa.
O Virtus foi todo desenvolvido no Brasil e será produzido na fábrica da via Anchieta, em São Bernardo, com a plataforma modular MQB, que serve de base aos modelos pequenos e médios de tração dianteira da VW. A marca investiu US$ 600 milhões da unidade paulista, onde é também produzido o novo Polo, lançado no Brasil recentemente.
Depois do Golf e do novo Polo, o Virtus é o terceiro modelo da ofensiva brasileira da VW baseado na plataforma MQB. Até 2020 virão a pickup e vários SUVs produzidos aqui.
Segundo estimativas da IHS Markitt, a ofensiva de novos produtos da VW poderá fazer crescer as vendas da marca em cerca de 44%, indo das menos de 290 mil unidades do ano passado, para mais de 413 mil, em 2023. A consultora prevê que, no mesmo período, as rivais Fiat e Chevrolet cresçam 26% e 18%, para 475,5 mil e 444,7 mil unidades, respectivamente, significando um ganho de quota da Volkswagen diante suas principais rivais
Nos primeiros nove meses do ano, as vendas da VW no Brasil aumentaram 21%, indo para 213.800 unidades.