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Prepare o bolso: petróleo pode sofrer forte alta

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Onze países produtores de petróleo não integrados à OPEP, cartel que reúne 13 dos maiores exportadores, concordaram numa reunião conjunta em retirar do mercado 588 mil barris diários, já a partir de janeiro, numa tentativa de forçar a subida de preços desta matéria-prima. Os 25 países presentes na reunião representam cerca de 60% da oferta mundial. Fora deste acordo ficaram alguns grandes produtores, como os Estados Unidos, Canadá, Brasil e China.

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O corte anunciado soma-se à redução de 1,2 milhões de barris diários a que se comprometerem os 13 membros da OPEP, na sequência da sua 171ª reunião, que aconteceu em Viena, Áustria, em 30 de novembro. Somados, os 1,8 milhões de barris diários a menos deverão resultar em diminuição de 2% da oferta mundial de petróleo. Foi a primeira vez que a OPEP aceitou reduzir a produção, desde o início da crise financeira, há oito anos.

O reequilíbrio entre oferta e procura deverá permitir a recuperação da cotação do preço do petróleo nos mercados internacionais, que desde meados de 2014 -devido a um excesso de produção- levou a uma baixa de 80% dos preços.

A Arábia Saudita, membro da OPEP e maior produtor mundial, sinalizou que estará disposta a reduzir ainda mais a sua produção, em relação aos níveis acordados no âmbito da organização. O ministro saudita do petróleo, Khalid Al-Falih, afirmou quer os exportadores vão cortar a produção para “níveis substancialmente abaixo” dos negociados na reunião de novembro.

Na sequência destes anúncios, o preço do petróleo West Texas Intermnediate (WTI), que serve de referência para os Estados Unidos, já subiu 20%, tendo atingido o valor mais alto desde julho de 2015. As cotações de entregas de petróleo WTI para janeiro subiram de US$ 3,01, indo para US$ 54,5 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque. O Brent, referencial para a Europa, ganhou US$ 3,56, sendo negociado na Bolsa de futuros de Londres a US$ 57,89 o barril.

“O preço ideal para o petróleo é de cerca US$ 60 por barril, porque se subir acima desse nível permitirá o reinicio da produção por fracionamento nos Estados Unidos”, explicou o ministro do petróleo da Nigéria Emmanuel Kachikwu.


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