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Sucata queimada de uma Ferrari 500 Mondial 1953 foi vendida por US$ 1,9 milhões

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A Ferrari 500 Mondial foi apresentado no dia 20 de dezembro de 1953 na “12 horas de Casablanca”, pilotada por Alberto Ascari e Luigi Villoresi, prova em que terminaram em segundo lugar. A designação “500” vem da capacidade cúbica de cada cilindro (quatro cuilindros, dois litros), e “Mondial” foi a comemoração dos vários campeonatos ganhos por Ascari. Tornou-se um modelo bastante competitivo, vencendo corridas mesmo uma década após a sua apresentação. Foi fabricada até 1955.

por Ricardo Caruso


O modelo era equipado com um motor de quatro cilindros em linha “Tipo 500”, desenvolvido por Aurelio Lampredi, com 2.000 cm de cilindrada, o mesmo usado na 500 F2; duas velas por cilindros e dois carburadores duplos Weber, produzia 170 cv. O motor Lampredi era um aliado perfeito do baixo peso do modelo, de apenas 720 kg, possuindo ainda a Mondial uma suspensão bastante avançada para a época, com eixo De Dion na traseira.


No total, apenas 29 unidades foram produzidas, sendo que na primeira série foram encarroçadas pela Pinin Farina (na época ainda com o nome em separado). Das 13 unidades da 500 Mondial Spider produzidas pela empresa italiana, cinco são da primeira série, com os faróis cobertos, de onde o exemplar mostrado nesta matéria é o segundo produzido.


Foi vendido zero quilômetro para a equipe Scuderia Guastalla, de Franco Cornacchia, pintada na cor “Rosso Corsa” e com interior “Similpelle Beige”, para ser pilotado por Franco Cortese, terminando em quarto na sua categoria na “Mille Miglia” de 1954. Em junho de 1955, para o GP de Imola, Cornacchia confiou o volante da 500 Mondial ao português João Rezende Dos Santos, abandonando na volta de apresentação por conta de problemas mecânicos.

Em 1958 foi competir nos Estados Unidos, onde recebeu um motor V8 -americano-em 1962. Foi severamente danificada em um acidente seguido de incêndio, mantendo-se desde então no estado lastimável de sucata em que se encontra hoje.

Pois agora a Ferrari (ou o que restou dela) foi levado a um leilão, organizado pela RM Sotheby’s, durante o “Monterey Car Week”, e como existe maluco para tudo, foi vendida por US$ 1,9 milhões. Juntamente com o automóvel, foi junto um motor Lampredi -mas de 3,0 litros- e a caixa de câmbio original do chassi, bem como o eixo traseiro e outros componentes.


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