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THOR AO VOLANTE, PERIGO CONSTANTE

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Ferrari dos Batista "dormiu" em má companhia...

Thor Batista, de 20 anos, o filho mais velho do milionário empresário Eike Batista, voltou novamente ao noticiário. Desta vez ele não esteve envolvido em nenhuma morte. Thor teve o carro apreendido ontem (06/05) em uma blitz do Detran na Barra da Tijuca, região oeste do Rio de Janeiro. A Ferrari 458 que dirigia estava sem a placa dianteira, o que é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. A apreensão ocorreu por volta das 15 horas na Avenida Ayrton Senna.

Na verdade, o jovem não poderia estar guiando, pois está com sua carteira de habilitação teóricamente suspensa, com mais de 50 pontos registrados. Por outro lado, resta saber quem é mais irresponsável, o inexperiente motorista de 20 anos que já destruiu a Mercedes McLaren de seu pai, ou o próprio Eike, que permite a alguém despreparado –no caso seu filho- estar ao volante de carros que exigem muita habilidade.

Thor coleciona pontos na sua CNH.

 Thor Batista foi escoltado até o depósito do Detran de Curicica, em Jacarepaguá, para que o carro fosse retido. De acordo com o Detran do Rio de janeiro, esse procedimento é previsto na legislação, uma vez que o carro -muito baixo- poderia ser danificado caso fosse guinchado ou colocado numa plataforma. O herdeiro de Eike Batista precisará regularizar o emplacamento do carro para retirar o veículo do depósito. Nada se falou sobre o fato de estar guiando de maneira irregular.

Thor acumulou 51 pontos na carteira de habilitação nos últimos 18 meses. Mesmo assim, não teve suspenso o direito de dirigir. De acordo com “Jornal nacional”, a maioria das infrações diz respeito à excesso de velocidade. Ele tirou a primeira CNH em dezembro 2009 e entrou em período probatório, não podendo cometer nenhuma infração nos 12 meses seguintes. Entre setembro e dezembro de 2010, ele recebeu cinco multas (21 pontos).

Mercedes destruída, um morto: "Eu não estava correndo", explicou o motorista.

Filho do ricaço com a modelo Luma de Oliveira, Thor tem uma longa trajetória de problemas no trânsito. Ainda é aguardada a conclusão do inquérito sobre o atropelamento do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, em março. Wanderson morreu ao ser atingido pela Mercedes Mclaren de Eike, dirigida por Thor, ao atravessar a rodovia Washington Luís, na altura de Xérem, na Baixada Fluminense. Na época, a família acusou Thor de estar em alta velocidade e trafegar pelo acostamento.

De acordo com o laudo pericial, a vítima estava atravessando a pista quando foi atingido pelo veículo dirigido por Thor. A Polícia Civil ainda não apresentou o laudo conclusivo sobre a velocidade do carro de Thor no momento do atropelamento, obviamente em altíssima velocidade diante do estrago feito na carrocería e pelo estado em que ficou o corpo do atropelado. O filho do milionário negou, é claro, que estivesse correndo e o teste do bafômetro estranhamente não foi feito no local, mas em todo caso indicou que Thor não havia ingerido álcool.

Antes disso, Thor também se envolveu no atropelamento de um idoso de 86 anos na Barra da Tijuca, na zona sul do Rio, em 2011, quando dirigia um Audi e atingou a vítima, que que andava de bicicleta pelo bairro. Na época, a vítima de maneira estranha não quis prestar queixa contra o motorista, que teria prestado auxílio. Este caso só foi revelado após o acidente envolvendo o ciclista Wanderson Pereira dos Santos.

A dúvida é a seguinte. Se no lugar do jovem nascido em berço de ouro estivesse um humilde operário, dirigindo com a CNH repleta de multas, suspensa, ao volante de um surrado Lada Laika, que a um mês se envolveu num acidente fatal e agora estava guiando um outro carro, irregular, o tratamento seria o mesmo?


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