VOLKSWAGEN QUER VOLTAR A SER O “CARRO DO POVO”
O movimento em busca de carros e marcas “low cost” (baixo preço) começou a atrair a atenção entre os “gigantes” europeus, e por isso a Volkswagen anunciou que pretende investir numa marca para esta faixa de mercado. Uma espécie de volta às origens, pois quando foi criada na época da II Guerra Mundial por Hitler e Porsche, a Volkswagen era exatamente isso: uma marca popular. Tão popular que a tradução de seu nome significa “carro do povo”.
Talvez seja um clamoroso sinal dos tempos e uma tentativa dos europeus de contornarem o fracasso das politicas econômicas que não estão apresentando resultados. Assim, a austeridade volta a ser o tema, e este movimento “low cost” começa a ganhar força pelos baixos números de vendas de automóveis novos no Velho Continente. A Nissan ressuscitou recentemente a Datsun, a Renault já tem a Dacia, a Fiat estuda com carinho o assunto e, por isso, a VW quer uma marca de baixo custo.
Segundo Hans Jakob Neusser, responsável pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da VW –no lugar deixado vago por Ulrich Hackenberg– a marca alemã está avançando nos estudos e planos de criar uma marca com engenharia mais básica e barata. Segundo Neusser, o projeto “está progredindo e, apesar de ainda não termos nenhum compromisso e nem nada concreto, não quer dizer que a idéia está parada. Muito pelo contrário, estamos fazendo nossa lição de casa bem feita”.
Uma coisa é certa, a marca “low cost” avançará em parceria com outra montadora, e no caso da VW será provavelmente a chinesa SAIC, que produz com os alemães o novo Santana, um sucesso naquele mercado. Neusser não confirmou qual será o parceiro. Para ele, o trabalho futuro não é só a formatação do projeto da marca “low cost”, pois está trabalhando também na outra extremidade da tabela. Afirmou que o Phaeton (o top de linha da marca), que nunca foi bem sucedido, terá continuidade. Segundo ele, “o Phaeton é um carro muito importante para a VW e estamos trabalhando de forma intensa no novo modelo, sendo que existirão melhorias sensíveis em todas as áreas do automóvel, com novas soluções e desenvolvimentos que o tornarão mais competitivo”.
