ALGUÉM SE LEMBRA DO MUSTANG MILANO?
A Ford prossegue com as merecidas comemorações de 50 anos do Mustang, agora apresentando uma retrospectiva dos principais modelos de sua história. Entre as versões e conceitos que ajudaram a construir o sucesso do modelo, está o Mustang Milano, conceito de aparência radical para a época, que a marca apresentou no Salão de Chicago de 1970, antecipando tendências de design dos modelos do ano seguinte. Os Mach One, por exemplo…
Com dois lugares, foi inspirado nos modelos gran-turismo que rodavam nas estradas da Itália, por isso o nome Milano. Da pintura “Ultra Violet” ao teto fastback quase horizontal, passando pela altura de pouco mais de um metro, o Milano era o Mustang mais revolucionário visto até então. De fato, não fosse pelo emblema do cavalinho na grade nos pára-lamas dianteiros e na traseira, dificilmente alguém imaginaria que ele foi derivado de um Mustang 1970 SportRoof.
O conceito tem parabrisas bem inclinado, em ângulo de 67 graus, e capô com três entradas de ar para arrefecimento do motor. A tampa traseira do porta-malas é bem plana, com spoiler integrado. As lanternas traseiras mudam de cor: verde quando o carro acelera, âmbar quando a velocidade é constante e vermelho quando são acionados os freios.
O Mustang Milano era equipado com uma então novidade: rodas de alumínio fundido, com desenho inspirado nas rodas clássicas de raios, porém mais robustas. Nas três décadas seguintes, rodas com esse tipo de desenho fizeram sucesso em muitos carros.
A tonalidade roxa externa está presente também no interior, incluindo bancos de couro roxo claro com detalhes de tecido azul-violeta. Os tapetes roxos felpudos remetem direto aos anos 1970.
Alguns elementos desse concept apareceram mais tarde nos Mustang de produção. Mas o Milano influenciou também outros carros da Ford, como o cupê Falcon XB 1974 australiano, usado pelo personagem principal nos dois primeiros filmes da série “Mad Max”.
