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TEST DRIVE: Audi A4 2.0 TFSI

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Está em busca de um sedã alemão sofisticado, luxuoso e altamente eficiente? Então no Audi A4 sua busca pode terminar. A nona geração do modelo acabou de ser apresentada, e é um pesadelo para concorrentes como BMW Série 3 e Mercedes-Benz Classe C. Com novo visual e coeficiente de penetração aerodinâmica muito baixo (Cx de apenas 0,23) –um dos melhores da Audi em todos os tempos– é 120 kg mais leve, mais resistente e com maior rigidez estrutural que o anterior. São mudanças sentidas ao volante, com ganhos na dirigibilidade. Ou seja, o que já era bom, ficou ainda melhor. Mas não é só.

Cerca de 90% dos componentes são novos. O novo motor 2.0 TFSI -competente, diga-se de passagem- é uma obra de arte: tem injeção direta e multiponto, trabalha com pressão de 250 bar, coletor de admissão integrado ao cabeçote, e sistema de levantamento de válvulas (Audi Valvelift) e válvula de alívio do turbo controlados eletronicamente.

Esse novo motor 2.0 tem 190 cv de potência máxima e 32,6 mkgf de torque máximo a 1.450 e 4.200 rpm.  Como escrevemos acima, este motor tem duplo sistema de injeção, que trabalha em conjunto com um sofisticado sistema de variação de abertura de válvulas. Em situações pouco exigentes, as válvulas são mantidas abertas mais tempo no início da compressão, o que reduz o esforço na subida do pistão. É como se o volume do motor fosse reduzido para 1.4, embora o resultado da queima seja integralmente aproveitado por todo o volume da câmara.

A Audi se convenceu de que o câmbio CVT é de uma chatice sem fim, e adotou a transmissão de dupla embreagem e sete marchas, que foi recalibrada, com trocas mais rápidas. As suspensões multilink de cinco braços na dianteira e na traseira são excelentes, tanto em termos de conforto como de estabilidade. Mas a atração não é a potência nem o torque, e sim o consumo de gasolina e consequente emissão de poluentes. Além do sistema start/stop que desliga e religa o motor em paradas do trânsito, que junto com outras soluções permitiram consumo médio urbano de 10,4 km/l e rodoviário de 12,9 km/l. A marca fala em número ainda melhores. Espantoso.

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Outras atrações são o Audi Drive Select, que permite escolher os modos de condução Efficiency, Comfort, Auto, Dynamic e Individual, com a alteração de parâmetros como a velocidade de resposta da caixa de direção, do motor e da transmissão. Tudo ao simples toque de um botão. Quer matar seu cunhado de inveja?  Então apresente a ele o Virtual Cockpit, e o Pack Tech, com head-up display -que projeta no vidro à frente do motorista a velocidade e informações do sistema de navegação- partida sem chave e sistema de som Bang & Olufsen 3D.

O Virtual Cockpit é uma tela de 12,3 polegadas que ocupa o quadro de instrumentos. Por meio de comandos no volante multifuncional, o motorista pode navegar pelas informações do computador de bordo, do sistema multimídia, dos modos de condução e do GPS. Todos estes recursos são replicados também na tela central, com comando por meio de botões no console.

O carro é montado na plataforma modular MLB Evo  do Grupo Volkswagen, a mesma do Audi Q7, por exemplo, e oferece bom espaço interno e de porta-malas, graças às suas dimensões. Na verdade essa geração rompe com a anterior, que vinha evoluindo desde o Audi 80, agora toda nova, maior e mais interessante. E se você acreditava que o A3 era uma miniatura do A4, quase acertou. Além dos preços diferentes, claro, o porte também é um diferencial. São 4,73 metros de comprimento contra 4,45 m, e 2,82 m de entre-eixos contra 2,63m. O A4 acomoda bem quatro adultos, mas o quinto ocupante vai padecer por causa do túnel central alto. Esse túnel  é necessário para abrigar o cardã do sistema de tração quatro, da versão S4 de mais de 350 cv.

O carro não conta no Brasil com recursos disponíveis na Alemanha, por razões de custo. Sistema de leitura de placas de trânsito, cruise control adaptativo e suspensão inteligente, por exemplo. Mas mesmo assim, é bem recheado, como faróis Full-LED e bancos dianteiros com ajustes elétricos, e como opcionais tem o Pack Plus, com ar-condicionado para três zonas, rodas de aro 18,  teto solar elétrico, sensores de estacionamento na frente e atras e head-up display. O Pack Assistence acrescenta sensor anticolisão, assistente de aviso de mudança de faixa e a câmera de ré.

Os preços estão atraentes para o nível do carro. A versão básica Attraction começa em R$ 159.900, a intermediária Ambiente fica nos R$ 182.990 e a testada em torno dos R$ 200 mil. Há ainda a wagon A4 Avant.
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Todo Audi sugere desempenho esportivo, e com o A4 2.0 TFSI não é diferente. Acelera de zero a 100 km/h em 8 segundos e chega aos 240 km/h. É o tipo de carro que vale cada centavo investido


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