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A KOMBI ESTÁ SUBINDO NO TELHADO…

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A simpática Kombi vai sair de linha no final do ano que vem.

Após 63 anos desde que foi lançada na Europa e 55 anos de produção no Brasil, a VW Kombi tem data para morrer: sua fabricação vai ser encerrada no final do próximo ano, vítima das novas regras de segurança brasileiras (ABS e airbags) que vão entrar em vigor em 2014. Assim, vai desaparecer o modelo, depois de carreira com mais de seis décadas de bons serviços prestados.

O nome oficial do modelo é Type 2 e esteve disponível ao longo destes 63 anos com mais de uma dúzia de versões e conheceu três gerações, a T1, T2 e T3, sendo que as duas outras gerações ficaram conhecidas como Transporter e desviaram-se um pouquinho do espírito original.

Na Europa (e na maior parte do mundo) a Kombi foi produzida em sua forma tradicional até o final dos anos 1970, quando deu lugar a um utilitário de tração dianteira e motor arrefecido a água, que chegou a ser importado para o Brasil sob os nomes “Eurovan” e “Transporter”. Curiosamente, foi o único modelo derivado do Fusca a evoluir além do motor boxer “a ar” (excluindo o VW Gol, que do Fusca possuía apenas o motor em comum).

Da versão brasileira, várias diferenças. A carroceria se manteve basicamente a mesma do modelo original, sendo que a versão vendida entre 1976 e 1996 era uma mistura entre as gerações 1 e 2 da Kombi alemã, única no mundo (como basicamente toda a linha “a ar” da Volkswagen do Brasil). A versão pós 1997 na verdade é praticamente o mesmo modelo produzido na Alemanha entre 1972 e 1979 (T2b, Clipper), com porta lateral corrediça, tampa do porta malas mais larga, redução do número de janelas laterais para três em cada lado, além de teto mais elevado, única alteração verdadeiramente “original” feita nessa ocasião.

Em dezembro de 2005 ocorreu a mais recente modificação implementada pela marca, com adoção de motorização “a água” e painel semelhante aos automóveis “de entrada” da marca (Gol e Fox). A mudança de motorização, para se adequar aos novos padrões brasileiros de emissões, selou, de forma discreta, o fim do motor boxer “a ar”, que impulsionou vários Volkswagen durante mais de 70 anos.

A produção da Kombi (forma reduzida de Kombinationsfahrzeug, ou “veículo combinado”) na Alemanha começou em março de 1950, tendo como destaque o pára-brisa dividido em dois e com abertura em compasso e o motor colocado na traseira. Foi fabricado até 1968 na Europa e até 1975 no Brasil, somando quase dois milhões de unidades.

A segunda geração apareceu em 1967, recebendo alguns retoques no estilo, tendo terminado a produção na Europa em 1979, três anos depois da VW do Brasil ter começado a produzir esta versão T2 que vai durar, com algumas alterações de estilo, até 2013.

O Type 2 T3 iniciou a sua carreira em 1979 e durou até os anos 1990, abandonando as linhas arredondadas dos anteriores  modelos por uma forma mais retilínea. Este foi o último “pão de forma” e também o último a ter motor “a ar”. Foi nesta geração que a VW introduziu a versão Syncro de tração integral, muito rara, e que tinha reais capacidades para uso no fora de estrada. A Transporter nada tinha a ver com o conceito original e não faz parte da história do Type 2.


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